terça-feira, 12 de março de 2013

O celibato e a Ordenação Sacerdotal



O sacerdote é chamado a ser um “alter christus”, um outro Cristo. Ele vive somente para o Reino de Deus. 

O Papa Emérito Bento XVI, assim como o Beato João Paulo II explicaram por várias vezes porque um sacerdote não se casa. É por apenas um único motivo: para que ele seja inteiramente de Deus, inteiramente livre para o povo de Deus. 


Se o sacerdote tiver esposa, tiver filhos a sua vida fica dividida e ele não pode servir ao Reino de Deus com toda sua força, com toda a sua integralidade. Não é porque o sacramento do matrimônio seja menos importante, não. É porque o sacerdote é um "outro Cristo" , que entrega sua vida para Cristo definitivamente. 

E a prova de que um rapaz que tem de fato vocação para o sacerdócio é a disposição dele de vencer o sacerdócio, e o Cristo valorizou isto. No evangelho de São Mateus, capítulo 19, Jesus fala daqueles que se tornaram eunucos (aquele que não pode gerar) porque foram castrados. Mas Jesus disse que outros se tornaram eunucos por amor ao Reino de Deus. É o caso do sacerdote, que não gera, não casa, não tem filhos por amor do Reino de Deus. E São Paulo elogiou também, dizendo: "Sejam como eu, solteiro, não se casem."  

São Nunca, o padroeiro das mulheres de batina 


Alguns questionamentos me chamaram a atenção para este tema: a ordenação sacerdotal de mulheres. O primeiro questionamento foi este: “Jesus só escolheu apóstolos homens é verdade, mas fez isso por causa do contexto social da época.”

E desde quando Jesus dava bola pra convenções? Nos Evangelhos, vemos a Sua pouca reverência às normas pseudo-religiosas e sociais: sentava-se à mesa com prostitutas e “impuros” em geral, curava aos sábados e xingava aqueles que se diziam mestres da religião. Não tendo a menor preocupação em ser popular, espantou muitos discípulos, chocados com suas palavras.

Pois bem, Jesus tinha numerosas seguidoras, entre elas, Maria, Sua Mãe de incomparável honra e santidade. Mas não deu a autoridade dos Apóstolos a nenhuma delas!  Se Ele quisesse fazer isso, alguém acha que a opinião da sociedade o impediria?

Homens e mulheres são iguais diante de Deus. Portanto, não há qualquer motivo razoável que impeça o acesso das mulheres ao sacerdócio.”

Como bem diz São Paulo, “Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gal 3:28). De fato, a dignidade dos homens e mulheres é idêntica. Porém, estes dois sexos não são tão diferentes à toa, tanto na constituição física quanto psicológica.

Homens são de Marte e mulheres são de Vênus! E esta diversidade se reflete na sua relação com os demais, com o trabalho, com a família, com a comunidade cristã e com Deus.

Cristo era homem, e isso não foi por acaso: a sua masculinidade refletia a identidade masculina do Criador, que se revelou como Pai, e não como Mãe. Por isso, tantas vezes o Nazareno referiu-se a si mesmo como o Filho do Homem.

Também os Apóstolos formavam um “Clube do Bolinha”, não por acidente. Afinal, o sacerdote, imagem de Cristo, tem a Igreja por sua Esposa (é assim que a Bíblia chama a Igreja: “Esposa de Cristo”). Como uma mulher sacerdotiza poderia ter esta mesma relação “matrimonial” com a Igreja? A masculinidade é, portanto, condição fundamental para que uma pessoa possa representar o Filho de Deus na Terra, exercendo as mesmas funções que Ele exercia.

“…o fato de Maria Santíssima (…) não ter recebido a missão própria dos Apóstolos nem o sacerdócio ministerial, mostra claramente que a não admissão das mulheres à ordenação sacerdotal não pode significar uma sua menor dignidade nem uma discriminação a seu respeito, mas a observância fiel de uma disposição que se deve atribuir à sabedoria do Senhor do universo.”

João Paulo II, Carta Apóstólica Ordinatio Sacerdotalis

A Igreja exclui as mulheres das posições de maior representatividade. Devemos lutar pelos nossos direitos!

Direitos?!  O sacerdócio não é um direito.  É bom lembrar que um dos principais ensinamentos de Jesus foi o de que devemos estar na Igreja com o desejo de servir, e não de alcançar reconhecimento.

São Francisco de Assis, por exemplo, nunca foi padre, e é uma das personalidades mais relevantes da cristandade. E o que ele foi mesmo? Basicamente, foi um mendigo. E você aí, mulher, toda trabalhada no salto e na chapinha, tá reclamando da vida porque? Quer poder? Vai caçar em outras bandas! Apesar de muita gente praticar o contrário, a Igreja não é lugar pra alpinismo espiritual.

Quem se preocupa com cargos eclesiásticos não está preparado para servir a Cristo. As mulheres devem seguir os passos de Madre Teresa de Calcutá (religiosa) e Zilda Arns (médica, esposa e mãe), que queriam somente amar a Cristo e servir aos irmãos. Quem poderá medir o bem que elas fizeram?

Na Igreja primitiva havia mulheres diaconisas. Então porque não podemos ser diaconisas hoje?

Em uma de suas cartas, São Paulo se refere com muito respeito à diaconisa Febe (I Rom 16, 1). Mas é um equívoco pensar que as diaconisas exerciam funções equivalentes àquelas que os diáconos exercem hoje. Reparem que São Paulo proíbe as mulheres de tomar a palavra nas assembleias da Igreja; assim, as mulheres não podiam fazer homilias ou pregar nas assembleias:

“Que as mulheres fiquem caladas nas assembleias, como se faz em todas as Igrejas dos cristãos, pois não lhes é permitido tomar a palavra.” (1Cor 14: 34s)

O trabalho das diaconisas  era muito próximo ao que as freiras fazem hoje: cuidavam e visitavam os enfermos, socorriam os mais pobres etc. Elas também batizavam outras mulheres, mas esta função foi suprimida com o tempo, já que o batismo de adultos tournou-se mais raro. Porém, as diaconisas jamais exerciam funções sacerdotais ou ligadas ao serviço ao altar, como explica Santo Epifânio (+ 403), em seu célebre Panarion:

“Quanto à categoria das diaconisas, existente na Igreja, não foi destinada a cumprir funções sacerdotais ou outras similares. As diaconisas são chamadas a salvaguardar a decência que se impõem no tocante ao sexo feminino, seja cooperando na administração do sacramento do Batismo, seja examinando as mulheres afetadas por alguma enfermidade ou vítimas de violência, seja intervindo todas as vezes que se trate de descobrir o corpo de outras mulheres a fim de que o desnudamento não seja exposto aos olhares dos homens que executam as santas cerimônias…”

(Panarion LXXIX 3)

A Igreja Católica proíbe a ordenação de sacerdotal de mulheres porque é uma instituição machista”.

Eu faço um desafio a qualquer mulher: vá viver por um ano em uma nação não-cristã – entre comunistas, islâmicos, hinduístas ou índigenas – e depois eu quero ver se você vai continuar com esta cantilena. Dê graças a Deus, mocinha, por ter nascido em um país fortemente influenciado pela cultura cristã. Ao menos 90% do que você chama de liberdade é fruto dessa influência.

Em 2 mil anos de História da Igreja, jamais uma mulher foi ordenada sacerdote (ao menos não de forma válida). E esta restrição não se dá porque a Igreja acha que elas são menos santas, menos inteligentes ou menos capazes do que os homens, mas sim porque é fiel às Escrituras e à Sagrada Tradição herdada dos Apóstolos.

Resumidamente: Ordenação sacerdotal apenas para homens - O Beato João Paulo II explicou muito bem isso, o Papa Emérito Bento XVI também, porque Cristo não colocou nenhuma mulher como sacerdote, nem a sua própria mãe. 

O sacerdócio é uma missão do homem. Isso não é questão de mais dignidade ou de menos dignidade, não. É questão de missão. Para a mulher foi dada a missão de ser Mãe, ser Esposa. Ao homem foi dada missões, entre elas a de ser “alter christus”, um outro Cristo. O filho de Deus, o salvador da humanidade é o homem Jesus Cristo, então os seus ministros Deus quis que fossem os homens. E Deus sabe o por quê, Deus tem as suas razões que superam todo o nosso entendimento, é por isso que o Beato João Paulo II, em um documento sobre a vocação dos sacerdotes, ele coloca bem claro que esta é uma questão que a Igreja militante não tem competência para mudar. 


Perguntaram ao Papa se ele estava falando de uma maneira dogmática, definitiva. E a resposta de João Paulo II foi que sim. E as mulheres precisam entender que não é uma questão de mais ou menos dignidade, não. É um serviço, não é uma honraria. Foi dada a mulher a missão de ser mãe, não ao homem. Deus dá a cada um uma missão. Então, o sacerdote é aquele que abre mão de tudo. Ele deve ser uma pessoa de muita oração, de muita penitência e de muita vigilância para não cair no pecado. É claro que o demônio quer derrubar os sacerdotes, e aquele sacerdote que não rezar muito, que não fizer penitência e que não entregar sua vida 24hs para Deus, esse sacerdote pode ser derrubado pelo pecado. 

Colaborou O Catequista.

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