quinta-feira, 23 de maio de 2013

Testemunho: "150 razões que me tornaram católico"


300 Evidências Bíblicas caracterizando o Catolicismo


Depois de se enveredar na busca pela verdade, Dave Armstrong é recebido na Igreja Católica, em 1992 junto com sua esposa Judy. Eis alguns motivos fundamentais para sua conversão.

1. A Igreja Católica oferece a única visão coerente da história do Cristianismo (Tradição Cristã, apostólica), e possui a moralidade Cristã mais profunda e sublime, espiritualidade, social moral, e filosofia.

2. Eu me tornei um católico porque acredito sinceramente, em virtude de muita prova cumulativa, que o Catolicismo é a verdade, e que a Igreja Católica é a Igreja visível divina estabelecida por Jesus contra o qual os portas do inferno não podem e não prevalecerão (Mt 16,18). 

(Dave Armstrong e sua esposa Judy são acolhidos na Igreja Católica pelo Pe. Pe.. John A. Hardon, S.J., em 8 de fevereiro de 1991)

3. Eu deixei o protestantismo porque era seriamente deficiente na interpretação da Bíblia (por exemplo, “somente a fé”. É inconsistente na adoção de várias Tradições católicas (por exemplo, o Cânon da Bíblia), falta uma visão sensata da história Cristã. Chegou a um acordo moralmente anárquico, e relativístico. Estas são algumas das deficiências principais que eu vi eventualmente como fatal para a “teoria” do Protestantismo.

4. O Catolicismo não é dividido formalmente, nem é sectário (Jo 17,20-23; Rom 16,17; 1 Cor 1,10-13).

5. A Unidade católica faz o Cristianismo, e Jesus mais acreditável, para o mundo (Jo 17,23).

6. Por causa do Catolicismo se unificou, a visão Cristã completamente sobrenatural.

7. O Catolicismo evita um individualismo que arruína a comunidade Cristã (por exemplo, 1 Cor 12, 25- 26).

8. O Catolicismo evita o relativismo teológico, por meio da certeza dogmática que é centralizada no papado.

9. O Catolicismo evita anarquismo doutrinário, evitando assim a divisão do verdadeiro Cristianismo.

10. O Catolicismo formalmente previne o relativismo teológico que conduz às incertezas dentro do sistema protestante.

11. Catolicismo rejeita a “Igreja Estatal” que conduziu aos governos a dominar politicamente o Cristianismo.

12. Protestantes de Igrejas Estatais influenciaram a elevação do nacionalismo que mitigou contra igualdade e o Cristianismo universal.

13. Cristandade católica unificada (antes do 16º século) não tinha sido infestado pelas trágicas guerras religiosas.

14. O Catolicismo retém os elementos do mistério, sobrenatural, e o sagrado em Cristianismo, se opondo assim a secularização onde a esfera do religioso em vida se torna muito limitada.

15. O Individualismo protestante conduziu à privatização do Cristianismo, por meio do que é pouco respeitado em vida de sociedade e política, enquanto deixando o “quadro público” estéril de influência Cristã.

16. A falsa dicotomia secular protestante conduziu cristãos a se comprometer, em geral, com políticas vazias. O Catolicismo oferece um vigamento no qual chega a responsabilidade estatal e cívica.

17. O protestantismo apóia muito em meras tradições de homens (toda denominação origina da visão de um Fundador. Assim que dois ou mais destes contradizem um ao outro, o erro está presente).

18. Igrejas protestantes, de um modo geral, são culpadas em vestir os pastores num pedestal muito alto. Por causa disto, congregações evangélicas experimentam uma severa crise dividindo-se em outras quando um pastor parte, provando-se que suas filosofias e doutrinas, é centrada no homem, em lugar de Deus.

19. O protestantismo, devido a falta da real autoridade e estrutura dogmática, vem se diluindo a cada dia, surgindo então milhares e milhares de denominações.

20. O Catolicismo retém Sucessão Apostólica, necessária para saber o que é a verdadeira Tradição Apostólica Cristã. Era o critério da verdade Cristã usado pelos primeiros Cristãos. 


21. Muitos protestantes levam uma visão obscura em geral da história Cristã, especialmente. os anos de 313 (a conversão de Constantino) para 1517 (a chegada de Lutero). Esta ignorância e hostilidade conduzem o relativismo teológico, anti-catolicismo, e um constante processo desnecessário de “reinventar a roda”.

22. O protestantismo no seu começo era anti-católico, e permanece assim até os dias atuais. Isto está obviamente errado e é anti-bíblico. O Catolicismo realmente é Cristão (se não é, então – logicamente – o protestantismo que herdou a teologia do Catolicismo também não é). Por outro lado, a Igreja Católica não é anti-protestante.

23. A Igreja Católica aceita a autoridade dos grandes Concílios Ecumênicos (veja, por exemplo, Atos 15) o qual definido, e desenvolveu a doutrina Cristã (muito do que o protestantismo também aceita).

24. A maioria dos protestantes não tem os bispos, uma hierarquia Cristã que é bíblico (1 Tim 3,1- 2) e que existiu na história dos primeiros Cristãos e na Tradição.

25. O protestantismo não tem nenhum modo de resolver assuntos doutrinais definitivamente. Melhor, a doutrina protestante só leva em conta uma visão individual na Doutrina X, Y, ou o Z. Não tem nenhuma Tradição protestante unificada.

26. O protestantismo surgiu em 1517. Então não pode ser possivelmente a “restauração” do “puro”, “primitivo” Cristianismo, desde que isto está fora de governo, pelo fato de seu absurdo recente aparecimento. O Cristianismo tem que ter continuidade histórica ou não é Cristianismo. O protestantismo necessariamente é um “parasita” do Catolicismo.

27. A noção protestante da “igreja invisível” também é moderna na história do Cristianismo e estrangeiro à Bíblia (Mt 5,14; 16,18), então falso.

28. Quando os teólogos protestantes falam do ensino do Cristianismo primitivo (por exemplo, ao refutar “cultos”), eles dizem “a Igreja ensinada. . . ” (como foi unificado então), mas quando eles recorrem ao presente, eles instintivamente se contêm de tal terminologia, como autoridade pedagógica universal que só reside na Igreja Católica.

29. O princípio protestante de julgamento privado criou um ambiente (especial. na América protestante) no qual (invariavelmente) o homem centralizou “cultos” como as Testemunhas de Jeová, Mormonismo, e Ciência Cristã etc.

30. A falta de uma autoridade pedagógica definitiva no protestantismo (com o magistério católico) faz muitos protestantes individuais pensar que eles têm uma linha direta a Deus. Basta (uma “Bíblia, Espírito Santo e eu “mentalidade”). Não tem nenhuma segurança para presumir-se “infalíveis” sobre a natureza do Cristianismo.

31. As “técnicas” de evangelismo são freqüentemente inventadas e manipuladas, certamente não derivou diretamente do texto da Bíblia. Alguns igualam e se assemelham a lavagem cerebral.

32. O evangelho orado por muitos evangelistas protestantes e os pastores são truncado e abreviado, são individuais e diferente do evangelho bíblico como é proclamado pelos Apóstolos.

33. O protestantismo separa profundamente, enquanto vida transformada arrependimento e disciplina radical de sua mensagem do evangelho. “Um próprio ditado” luterano chamado esta “graça barata.”

34. A ausência da ideia de submissão para autoridade espiritual no Protestantismo escoou em cima da arena cívica onde as idéias de “liberdade” pessoal, “propriedade”, e “escolha” dominam agora, uma extensão de dever cívico. 


35. O Catolicismo retém o senso do sagrado, o sublime, o santo, e o bonito em espiritualidade. As idéias de altar, e “espaço sagrado” é preservado. Muitas igrejas protestantes são corredores, se encontrando em locais, tipo “ginásios”. A maioria das casas dos protestantes é mais esteticamente notável que as igrejas deles. Os protestantes, freqüentemente, são viciados freqüentemente a mediocridade na avaliação deles de arte, música, arquitetura, drama, a imaginação, etc.

36. O protestantismo negligenciou o lugar da liturgia em grande parte da adoração (com exceções notáveis como Anglicanismo e Luteranismo). Este é o modo que os cristãos sempre seguiram durante séculos, e não pode ser despedido assim ligeiramente.

37.O protestantismo tende a opor assunto e espírito, enquanto favorecendo o posterior, e é um pouco Gnóstico nesta consideração.

38. O protestantismo critica a prática das procissões Católicas, indo contra a Igreja primitiva e a Bíblia (Josué 3,5-6) ( Números 10, 33-34) ( Josué 6,4) (Josué 3,14-16) (Êxodo 25, 18-21) (Josué 4, 4-5) (Josué 4,15-18)

39. O protestantismo limita ou descrê em sacramentalismo que simplesmente é a extensão do princípio e a convicção que o assunto pode carregar graça. Algumas seitas (por exemplo, muitos pentecostais) rejeita todos os sacramentos.

40. Os protestantes excessivos desconfie da carne (”carnalidade”) freqüentemente caem (no fundamentalismo) um legalismo absurdo (não podem dançar, jogar cartas, escutar músicas convencionais, etc.).

41. Muitos protestantes tendem a separar vida em categorias de “espiritual” e “carnal”, como se Deus não fosse Deus de tudo e da vida. Esquecem que os empenhos de todos pecadores são no final das contas, espirituais.

42. O protestantismo removeu a Eucaristia do centro e foco de serviços de adoração. Alguns protestantes só observam isto, uma vez mensalmente, ou até mesmo trimestralmente. Isto está contra a Tradição da Igreja Primitiva. 


43. A maioria dos protestantes considera a Eucaristia como um símbolo que está contrária a Tradição Cristã universal até 1517 e a Bíblia (Mt 26,26-28; Jo 6,47-63; 1 Cor 10,14-22; 11, 23-30), que afirma à Real Presença.

44. O protestantismo deixou de considerar o matrimônio como um sacramento virtualmente, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Mt 19,4-5; 1 Cor 7,14,39; Efésios 5, 25-33).

45. O protestantismo aboliu o sacerdócio (Mt 18,18) e o sacramento da ordenação, ao contrário da Tradição Cristã e da Bíblia (Atos 6,1-6; 14,22; 1 Tim 4,14; 2 Tim 1,6).

46. O Catolicismo retém a noção de Paulo da viabilidade espiritual de um clero celibatário (por exemplo, 1 Cor 7,8,27,32-3 e Mt 19,12).

47. O protestantismo rejeitou o sacramento da confirmação em grande parte. (Atos 8,18, Hebreus 6,2-4), ao contrário da Tradição Cristã e da Bíblia.

48. Muitos protestantes negaram o batismo infantil, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Atos 2,38-9; 16,15,33; 18,8; 1 Cor 1,16; Colossenses 2,11-12). O protestantismo é dividido em cinco acampamentos principais na questão do batismo.

49. A grande maioria dos protestantes nega a regeneração batismal, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Marcos 16,16; João 3,5; Atos 2,38; 22,16; Rom 6,3-4; 1 Cor 6,11; Tito 3,5).

50. Os protestantes rejeitaram o sacramento de ungir o doente (Extrema Unção Últimos Ritos), ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Marcos 6,13; 1 Cor 12,9,30; Tiago 5,13-16).

51. O protestantismo nega a indissolubilidade do matrimônio sacramental e permite divórcio, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Gen 2,24; Mal 2,14-16; Mt 5,32; 19,6,9; Marcos 10,11-12; Lucas 16,18; Rom 7,2-3; 1 Cor 7,10-14,39).

52. O protestantismo não acredita que procriação é o propósito primário e benefício do matrimônio (não faz parte dos votos, como no matrimônio católico), ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Gen 1,28; 28,3; 127,3-5).

53.O protestantismo aprova a contracepção, em desafio da Tradição Cristã universal. (Gen 38,8-10; 41,52; Levítico 26, 9; Deuteronômio 7,14; Rute 4,13; Lucas 1,24-5). Agora, só o Catolicismo retém a Tradição antiga, em cima da contra mentalidade de “não-criança.”

54. O protestantismo (principalmente sua asa liberal) aceitou o aborto como uma opção moral, ao contrário da Tradição Cristã universal até recentemente (depois de 1930), e a Bíblia. Ex 20,13; Isaías 44,2; 49, 5; Jeremias 1,5; 2,34; Lucas 1,15,41; Romanos 13,9-10).

55. O protestantismo (de denominações largamente liberais) permitem mulheres como pastores (e até mesmo bispos, como no Anglicanismo), ao contrário da Tradição Cristã, teologia protestante tradicional e a Bíblia (Mt 10,1-4; 1 Tim 2,11-15; 3,1-12; Tito 1,6).

56. O protestantismo , cada vez mais, chega a um acordo formalmente e oficialmente com o feminismo radical à moda que nega os papéis de homens e mulheres como é ensinado na Bíblia (Gen 2,18-23; 1 Cor 11,3-10) e manteve através da Tradição Cristã (diferenciação de papéis, mas não de igualdade).

57. O protestantismo também está negando atualmente, com freqüência crescente, o papel do marido no matrimônio que é baseado no papel do Pai em cima do Filho ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (1 Cor 11,3; Efésios 5,22-33; Colossenses 3,18-19). Isto também está baseado em uma relação de igualdade (1 Cor 11,11-12; Gálatas 3,28; Efésios 5,21).

58. O protestantismo liberal (notavelmente Anglicanismo) ordenou os homossexuais praticantes até mesmo como pastores, permitindo o “matrimônio” deles, sendo contrário a antiga Tradição Cristã universal, e a Bíblia (Gen 19,4-25; Rom 1,18-27; 1 Cor 6,9). O Catolicismo ficou firme na moralidade tradicional.

59. O protestantismo liberal, aceitou métodos críticos” mais altos” de interpretação bíblica que conduz à destruição da reverência Cristã tradicional, somente pela Bíblia, e degrada isto, com documento falível, para o detrimento de sua essência divina, infalível.

60. Muitos protestantes liberais jogaram fora muitas doutrinas cardeais do Cristianismo, como a Encarnação, Nascimento da Virgem, a Ressurreição Corporal de Cristo, a Trindade, Pecado Original, inferno, a existência do diabo, milagres, etc. 


61. Os fundadores do protestantismo negaram, e Calvinistas negam hoje, a realidade da livre vontade humana.

62. O protestantismo clássico teve uma visão deficiente do passado do Homem, pensando que o resultado era depravação total. De acordo com Lutero, Zwingli, Calvino, o homem poderia fazer só o mal da própria vontade dele, e não teve nenhuma livre vontade para fazer o bem. Ele agora tem uma “natureza de pecado”. O Catolicismo acredita que, de um modo misterioso, o homem coopera com a graça que sempre precede todas as boas ações. No Catolicismo, retém ainda a natureza de algum homem bom, embora ele tem uma tendência para pecar (”concupiscência”).

63. O protestantismo clássico, e o Calvinismo de hoje, põe Deus como o autor do mal. Eles legam supostamente que os homens fazem o mal e violam os preceitos dele sem ter qualquer livre vontade para fazer assim. Isto é blasfemo, e voltas Deus em um demônio.

64. Adequadamente (o homem que não tem nenhuma livre vontade) no protestantismo clássico e pensamento Calvinista, Deus predestina os homens ao inferno, embora eles não tiveram nenhuma escolha!

65. O protestantismo clássico e o Calvinismo, ensina falsamente que Jesus só morreu para os eleitos

66. O protestantismo clássico especialmente o luterano, e o calvinismo, devido à falsa visão, nega a eficácia e a capacidade da razão humana para conhecer Deus até certo ponto, e opõe isto a Deus e fé, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Marcos 12,28; Lucas 10,27; João 20,24-9; Atos 1,3; 17,2,17,22-34; 19,8). Os melhores Apologistas protestantes hoje simplesmente voltam atrás para a herança católica de São Tomás de Aquino, Santo Agostinho, e muitos outros grandes pensadores.

67. O Pentecostalismo ou protestantismo carismático coloca muito alto uma ênfase na experiência espiritual, não equilibrando isto corretamente com a lógica, a razão, a Bíblia, e a Tradição.

68. Outros protestantes (por exemplo, muitos batistas) negam que presentes espirituais como curar estão presentes na idade atual (supostamente eles cessaram com os apóstolos).

69. O protestantismo tem visões contraditórias do governo da igreja, pois não possuem nenhuma autoridade coletiva), assim, não existe ordem e unidade. Algumas seitas reivindiquem ter “apóstolos” ou “profetas” entre eles, com todos os abusos de autoridade e poder.

70. O protestantismo (especialmente o pentecostalismo) tem uma fascinação imprópria para o “fim do mundo” e muita tragédia humana, é o resultado de tais falsas profecias.

71. A ênfase do pentecostalismo, conduz a um detrimento de sensibilidades sociais, políticas, éticas, e econômicas aqui na terra.

72. O pensamento protestante tem a característica definindo ser “dicótomo”, separa idéias em acampamentos mais exclusivos e mutuamente hostis, quando na realidade muitas das dicotomias são simplesmente complementares em lugar de contraditório.

73. O protestantismo descaracteriza a Bíblia contra os sacramentos.

74. O protestantismo monta devoção interna e devoção contra a Liturgia.

75. O protestantismo opõe adoração espontânea para formar suas próprias orações.

76. O protestantismo separa a Bíblia, da autoridade que Jesus deixou a sua Igreja.

77. O protestantismo cria a falsa dicotomia de versões da Bíblia.

78. O Protestantismo descaracteriza Tradição contra o Espírito santo.

79. O protestantismo considera autoridade da Igreja e liberdade individual e contraditório de consciência.

80. O protestantismo (especialmente Lutero) joga para cima o Velho Testamento contra o Novo Testamento, embora Jesus não fizesse assim (Mateus 5,17-19; Marcos 7,8-11; Lucas 24,27,44; João 5,45-47).

81. O protestantismo põe leis para enfeitar sendo inseguras e sem sobrevivência.

82. O protestantismo cria uma falsa dicotomia entre simbolismo e realidade sacramental (por exemplo, batismo, Eucaristia).

83. O protestantismo separa o Indivíduo da comunidade Cristã. É só conferir as milhares e milhares de denominações diferentes umas das outras (1 Cor 12,14-27).

84. O protestantismo descaracteriza a reverência dos santos contra a adoração de Deus. A Teologia católica não permite adoração dos santos do mesmo modo como é dirigido para Deus. São venerados os santos e são honrados, não adorados, como só Deus pode ser o Criador.

85. Muitas lideranças de protestantes pensam que o Espírito santo está falando com eles, mas não tem, em efeito, falado com as multidões de cristãos durante 1500 anos antes que o Protestantismo começasse!

86. Falhas no pensamento protestante original conduziram a erros até piores. Por exemplo, a justificação extrínseca, inventada para assegurar a predominância da graça, veio proibir qualquer sinal externo de sua presença (sola fide).O calvinismo com seu Deus cruel, construiu esse modelo especificamente. Muitos fundadores de cultos de recente origem partiram o calvinismo, por ex: (as Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, etc.).

87. O pentecostalismo obcecado, em moda tipicamente americana, sempre aparece com celebridades (os Evangelistas de Televisão).

88. O pentecostalismo se apaixona com a falsa ideia  de que grandes números em uma congregação (ou crescimento rápido) é um sinal da presença de Deus de um modo especial. Eles esquecem que Deus nos chama a fidelidade em lugar de ir para o “sucesso”, não estatísticas lisonjeiras.

89. O pentecostalismo enfatiza freqüentemente o crescimento numérico em lugar de crescimento espiritual individual.

90. O pentecostalismo é presentemente obcecado com ego-cumprimento, ego-ajuda, e o egoísmo no lugar de uma tensão Cristã tradicional em sofrer, sacrificar, etc..

91. O protestantismo tem uma visão truncada e insuficiente do lugar de sofrer na vida Cristã. Ao invés, “saúde-e-riqueza” tudo em “nome-disto-e-reivindicação-daquilo” Movimentos dentro do Protestantismo pentecostal estão florescendo, mas não estão em harmonia com a Bíblia, Cristianismo e Tradição.

92. O protestantismo, em geral, adotou uma forma mais capitalista que o Cristianismo. Riqueza e ganho pessoal é buscado mais que piedade, e é visto como uma prova do favor de Deus, como o Puritano, que secularizou o pensamento americano, indo contra a Bíblia e ensinamento Cristão.

93. O protestantismo crescentemente não está tolerando perspectivas políticas de esquerda em acordo com visões do Cristianismo, especialmente. em seus seminários e faculdades.

94. O protestantismo está tolerando heterodoxia crescentemente teológica e liberalismo, para tal uma extensão que muitos líderes evangélicos estão alarmados, e prediz uma decadência adicional dos padrões ortodoxos.

95. Os pentecostais adotaram visões de Deus sujeito aos caprichos frívolos do homem e desejos do momento.

96. As seitas anteriores normalmente ensinam totalmente ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia.

97. O evangelho, especialmente na televisão, é vendido da mesma forma que Mc'Donalds vende hambúrgueres. Tecnologia de mercado e técnicas de relações públicas substituíram cuidado da pastoral pessoal e preocupação social em grande parte pelo irreligioso.

98. “Pecar”, em alguma denominações protestantes, crescentemente, é visto como um fracasso psicológico ou uma falta de amor próprio, em lugar da revolta voluntariosa que é contra Deus.

99. O protestantismo, em todos os elementos essenciais, somente pede emprestado por atacado da Tradição católica, ou torce o mesmo. Todas as doutrinas nas quais os católicos e protestantes concordam, é claramente católico em origem (Trindade, Nascimento da Virgem, Ressurreição, 2ª Vinda, Cânon da Bíblia, céu, inferno, etc.). Qualquer verdade que está presente em cada ideia protestante, sempre é derivada do Catolicismo que é o cumprimento das aspirações mais fundas e melhores dentro do protestantismo.

100. Um dos princípios fundamentais do protestantismo é a sola Scriptura que não é bíblico e também é inexistente até o 16º século). Na própria Bíblia, não se encontra essa palavra, ou outra com o mesmo significado. Porém é uma falsa tradição humana protestante. 

101. A Bíblia não contém todos os ensinamentos de Jesus, como acreditam muitos protestantes (Marcos 4,33; 6,34; Lucas 24,25-27; João 16,12-13; 20,30; 21,25; Atos 1,2-3). 


102. A Sola Scriptura é um abuso da Bíblia. Uma leitura objetiva da Bíblia, conduz a pessoa para Tradição e a Igreja católica, em lugar do oposto.

103. O Novo Testamento não foi escrito nem recebeu no princípio como a Bíblia, mas só gradualmente, e o Cristianismo primitivo não poderia ter acreditado na sola Scriptura.

104. Tradição não é uma palavra ruim na Bíblia, ela recorre a algo passado de um para outro. A Tradição é falada em 1 Cor 11,2; 2 Tessalonicenses 2,15, 3,6, e Colossenses 2,8. Mesmo assim, os protestantes não aceitam a Tradição. Eles confundem tradição humana, como a Sola Scriptura, com Tradição que os próprios Apóstolos deixaram.

105. A Tradição Cristã, de acordo com a Bíblia, pode ser oral ou escrita (2 Tessalonicenses 2,15; 2 Tim 1,13-14; 2,2).Que São Paulo faz sem nenhuma distinção qualitativa entre as duas formas.

106. Em Atos e as Epístolas, muitas coisas da Bíblia eram originalmente oral (por exemplo, todo o ensino de Jesus – Ele não escreveu nada).

107. Ao contrário de muitas reivindicações protestantes, Jesus não condenou a tradição. Por exemplo, Mateus 15,3,6; Marcos 7,8-9,13, onde Ele só condena a tradição humana corrupta, não a Tradição deixada aos 12 Apóstolos.

108.Tradição Cristã, apostólica acontece em Lucas 1,1-2; Rom 6,17; 1 Cor 11,23; 15:3; Judas 1,3, ou Tradição Cristã “receptora” acontece em 1 Cor 15,1-2; Gal 1,9,12; 1 Tess 2,13.

109. Os conceitos de “Tradição”, “evangelho”, “palavra de Deus”, “doutrina”, e “a Fé” é essencialmente sinônima, e tudo são predominantemente orais. (2 Tess 2,15; 3, 6; 1 Tess 2,9,13 (cf. Gal 1,9; Atos 8,14). Se Tradição é uma palavra suja, então assim é “evangelho” e “palavra de Deus!”

110. São Paulo, em 1 Tim 3,15, põe a Igreja sobre a Bíblia como fundamento da verdade, e como ensina o Catolicismo.

111. Os protestantes defendem a sola Scriptura em 2 Tim 3,16. O Catolicismo concorda em grande para estes propósitos, mas não exclusivamente assim, como no Protestantismo. Secundariamente, quando São Paulo fala aqui de “Bíblia”, o Novo Testamento ainda não existia (não definitivamente durante mais de 300 anos depois dos Apóstolos), assim ele só está recorrendo ao Antigo Testamento. Isto significaria que o Novo Testamento não era necessário para a regra de fé, se sola Scriptura seja verdade, e se fosse aludido supostamente para este verso! 


112. O Catolicismo mantém a Tradição que é consistente com a Bíblia, até mesmo onde ela é muda em alguns assuntos. Para o Catolicismo, toda necessidade da doutrina não é achada somente na Bíblia, e o princípio do protestantismo é a sola Scriptura. Por outro lado, a maioria dos teólogos católicos reivindicam que todas as doutrinas católicas podem ser achadas na Bíblia, em forma de núcleo, ou por uso extenso e conclusão.

113. Estudantes protestantes pensativos mostraram, que uma posição irrefletida da Sola Scriptura pode se transformar em “bibliolatria”, quase uma adoração da Bíblia em lugar de Deus que é seu Autor. Esta mentalidade é semelhante à visão muçulmana, onde a Revelação para eles, está somente no Alcorão.

114. Cristianismo é inevitavelmente histórico. Todos os eventos da vida de Jesus (Encarnação, Crucificação, Ressurreição, Ascensão, etc.) era histórico, como era a oração dos apóstolos. Então, tradição de algum tipo, é inevitável, ao contrário de numerosos protestantes míopes que reivindicaram que sola Scriptura aniquila Tradição. Toda negação de uma tradição particular envolve um preconceito (escondido ou aberto) para a própria tradição alternada da pessoa (Por exemplo, se toda a autoridade da Igreja é rejeitada, até mesmo a autonomia individualista é uma “tradição”.

115. A Sola Scriptura não poderia ter sido literalmente verdade, falando praticamente, para a maioria dos cristãos ao longo da história. A Tradição oral, junto com as práticas devotas, os feriados Cristãos, a arquitetura de igrejas e outra arte sagrada, era os portadores primários do evangelho durante 1400 anos. Durante todos estes séculos, a Sola Scriptura teria sido considerada como uma abstração absurda e impossível.

116. O protestantismo diz que a Igreja Católica acrescentou à Bíblia. Isto não é verdade porque ela tirou somente as implicações da Bíblia (desenvolvimento da doutrina), e seguiu a compreensão da Igreja primitiva, e que os protestantes subtraíram da Bíblia ignorando grandes porções que sugestionam posições católicas.

117. A Sola Scriptura é o calcanhar de Aquiles do protestantismo. Invocando somente a Sola Scriptura, não há nenhuma solução ao problema da autoridade, contanto que as interpretações múltiplas existam. Se a Bíblia estivesse tão clara, os protestantes simplesmente concordavam entre si, pois existem (a multiplicidade de denominações).

118. A interpretação da Bíblia é inevitável sem a tradição. É necessário então falar na Igreja católica, ela é a que evita a confusão, o erro, e a divisão.

119. O Catolicismo não considera a Bíblia inacessível aos leigos, como se afirma no protestantismo, mas é vigilante para proteger-se de uma exegese toda arbitrária e aberrante. As melhores tradições protestantes buscam fazer o mesmo, mas é inadequado e ineficaz desde que eles são divididos.

120. O protestantismo tem um problema enorme com o Cânon Bíblico. O processo de determinar os livros exatos que constituem a Bíblia durou até o ano de 397 D.C., quando o Concílio de Cartago com finalidade, certamente prova que a Bíblia não está autenticada, como acredita o protestantismo. Alguns cristãos sinceros, devotos, e instruídos duvidaram do cânon de alguns livros que estão agora na Bíblia, e outros consideraram livros que não estavam incluídos no Cânon.

121. O Concílio de Cartago, decidindo o Cânon da Bíblia inteira em 397, incluiu os livros “Deuterocanônicos” que os protestantes chutaram fora da Bíblia. Antes do 16º século os cristãos consideravam esses livros, e eles não eram separados, como se vê no protestantismo.O protestantismo aceita a autoridade deste Concílio para o NT, mas não para AT.

122. A Igreja Católica venerou sempre a Bíblia. Isto é provado pelo laborioso cuidado dos monges, protegendo e copiando manuscritos, e as traduções constantes em línguas vernáculas (ao invés das falsidades sobre só Bíblias latinas), entre outras evidências históricas abundantes e indisputáveis. A Bíblia é um livro católico, e não importa quantos protestantes estudam e proclamam isto peculiarmente, eles têm que reconhecer a dívida inegável para a Igreja Católica por ter decidido o Cânon, e por preservar a Bíblia intata durante 1400 anos. 


123. O protestantismo nega o Sacrifício da Missa, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Gen 14,18; Isa 66,18,21; Mal 1,11; Heb 7, 24-25; 13,10; 5,1-10; 8,3; 13,8). que transcende espaço e tempo.

124. O protestantismo descrê, em geral, no desenvolvimento da doutrina, ao contrário da Tradição Cristã e muitas indicações bíblicas implícitas, mas seguem a Doutrina da Trindade, que foi desenvolvida na história, nos três primeiros séculos do Cristianismo. É tolice negar isto. A Igreja é o “Corpo” de Cristo, e é um organismo vivo que cresce e desenvolve como corpos todo vivos. Não é uma estátua, simplesmente para ser limpada e polida com o passar do tempo, como muitos protestantes parecem pensar.

125.O protestantismo separa justificação de santificação, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (por exemplo, Mt 5,20; 7,20-24; Rom 2,7-13; 1 Cor 6,11).

126. O protestantismo desconsidera que as obras contribuam para a salvação, rejeitando assim a Tradição Cristã e o ensino explícito da Bíblia (Mt 25,31-46; Lucas 18,18-25; João 6,27-29; Gal 5,6; Efésios 2,8-10; Filipenses 2,12-13; 3,10-14; 1 Tessalonicenses 1,3; 2 Tessalonicenses 1,11; Heb 5,9; Judas 1,21. Estas passagens também indicam que a salvação é um processo, não um evento instantâneo, como no Protestantismo.

127. O protestantismo rejeita a Tradição Cristã e ensino bíblico que sempre foi ensinado na Igreja Católica, onde as boas ações feitas na fé contribuem para a salvação (Mt 16,27; Rom 2,6; 1 Cor 3,8-9).

128. O protestantismo tem convicção, de que aceitando Jesus como Salvador, já estão salvos. Não é bem isso que a Igreja Primitiva e a Bíblia ensina ( Filipenses 3,11-14) (Hebreus 4,1) (Tito 1,2) (1 Tessalonicenses 5,8) ( Tito 3,7) e (Mateus 25,1-13) onde se diz, que devemos ser sempre vigilantes. Vigilante não é o mesmo que certeza.

129. Muitos protestantes (especialmente os presbiterianos, calvinistas e batistas) acreditam em segurança eterna, ou, perseverança dos santos (convicção daquele que não pode perder a “salvação”). Isto está ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia: 1 Cor 9,27; Gal 4,9; 5,1,4; Col 1,22-3; 1 Tim 1,19-20; 4,1; 5,15; Heb 3,12-14; 6,4-6; 10,26,29,39; 12,14-15.

130. Ao contrário do mito protestante, a Igreja Católica não ensina que é salvo através de trabalhos aparte, porque a fé e obras são inseparáveis. Esta heresia da qual o Catolicismo é acusado freqüentemente, estava na realidade condenado pela Igreja Católica, em 529 D.C. é conhecido como Pelagianismo, (visão que o homem pudesse se salvar pelos próprios esforços naturais dele, sem a graça sobrenatural necessária de Deus). Continuar acusando a Igreja católica desta heresia é um sinal de preconceito e ignorância do manifesto da história da teologia, como também o ensino católico é claro no Concílio de Trento (1545-63). Ainda o mito é estranhamente prevalecente.

131. O protestantismo eliminou virtualmente a prática da confissão a um sacerdote (ou pelo menos pastor), ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Mt 16,19; 18,18; Jo 20,23). (Atos 19,18) (Tiago 5 15-16) (Neemias 9,2) (Neemias 1, 6). (João 3,6).

132. O protestantismo descrê na penitência, ou castigo temporal para (perdoar) pecado, indo contra a Tradição Cristã e a Bíblia (por exemplo, Num 14,19-23; 2 Sam 12,13-14; 1 Cor 11,27-32; Heb 12,6-8).

133. O protestantismo tem pouco conceito da Tradição e doutrina bíblica de mortificar a carne, ou, sofrendo com Cristo: Mt 10,38; 16,24: Rom 8,13,17; 1 Cor 12,24-6; Filipenses 3,10; 1 Pedro 4,12,13.

134. Igualmente, o protestantismo perdeu a Tradição e doutrina bíblica de compensação vicária, ou sofrimento remissório de Cristãos com Cristo, por causa de um ao outro, Êxodo 32,30-32; Num 16,43-8; 25,6-13; 2 Cor 4,10; Col 1,24; 2 Tim 4,6.

135. O protestantismo rejeitou a Tradição e doutrina bíblica do purgatório, como conseqüência de sua falsa visão de justificação e penitencia, apesar de evidências suficientes na Bíblia: Miqueias 7, 8-9; Malaquias 3,1-4; 2 Macabeus 12, 39-45; Mt 5, 25-6; 12,32; Lucas 16,19-31; 1 Pedro 3,19-20; 1 Cor 3,11-15; 2 Cor 5,10.

136. O protestantismo rejeitou a doutrina das indulgências que são simplesmente, o perdão do castigo temporal para pecado (penitência), pela Igreja (aqui na terra, Mt 16,19; 18,18, e João 20,23). Isto não é diferente do que São Paulo fez, em relação a um irmão errante na Igreja de Corinto. Primeiro, ele impôs uma penitência a ele (1 Cor 5,3-5), parte então remetida (uma indulgência: 2 Cor 2, 6-11). Só porque aconteceram alguns abusos antes da Revolta protestante (admitida e retificada pela Igreja católica), não tem nenhuma razão para lançar fora contudo outra doutrina bíblica. É típico do protestantismo queimar completamente uma casa no lugar de limpá-la, “joga fora o bebê com a água de banho”.

137. O protestantismo jogou fora as orações para os mortos, em oposição a Tradição Cristã e a Bíblia (Tobias 12,12; 2 Macabeus 12, 39-45; 2 Tim 1, 16-18; também versos que têm a ver com purgatório, desde que estas orações estão lá para os santos).

138. O protestantismo rejeita, em chãos inadequados, a intercessão dos santos. Por outro lado, a Tradição Cristã e a Bíblia apoiaram esta prática. (Mt 22, 30; 1 Cor 15, 29) Mt 17, 1-3; 27,50-53; e então pode interceder por nós (2 Macabeus 15,14; Apocalipse 5, 8; 6, 9-10).

139. Alguns protestantes descreem nos Anjos da guarda, apesar da Tradição Cristã e a Bíblia (Mt 18,10; Atos 12,15; Heb 1,14).

140. A maioria dos protestantes nega que os anjos possam interceder por nós, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Apocalipse 1,4; 5,8; 8,3-4; Zacarias 1,12-13; Oséias 12,5 Gêneses 19, 17-21). 


141. O protestantismo rejeita a Imaculada Concepção de Maria, apesar da Tradição Cristã desenvolvida e indicada pela Bíblia,: Gen 3,15; Lucas 1,28 (”cheia de graça” interpretam os católicos, em chãos linguísticos  significa “sem pecado”); Maria representando a Arca da Aliança (Lucas 1,35 Ex 40,34-8; Lucas 1,44 2 Sam 6,14-16; Lucas 1,43 2 Sam 6,9: A Presença de Deus requer santidade extraordinária).

142. O protestantismo rejeita a Assunção de Maria, apesar da Tradição Cristã desenvolvida e indicações bíblicas. Ocorrências semelhantes na Bíblia não fazem a Suposição improvável. (Henoc em Gen 5,24 e Heb 11,5) (Elias em 2 Reis 2,11) (Paulo em 2 Cor 12, 2-4) (”Êxtase” em 1 Tessalonicenses 4,15-17) (subindo os santos em Mt 27,52-53).

143. Muitos protestantes negam a virgindade perpétua de Maria, apesar da Tradição Cristã (e o acordo unânime dos fundadores protestantes (Lutero, Calvino, Zwingli, etc.). 


144. O protestantismo nega a Maternidade Espiritual de Maria, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (João 19, 26-27: “Veja a mulher do Céu” Apocalipse 12, 1,5,17. Os Católicos acreditam que Maria é uma santa, e que as orações dela são de grande efeito para nós. Compare com Apocalipse 5,8; 8,4; 6,9-10).

145. O protestantismo rejeita o papado, apesar da Tradição Cristã profunda, e a forte evidência na Bíblia da preeminência de Pedro como a pedra da Igreja. Ninguém nega que ele fosse algum tipo de líder entre os apóstolos. Como sabemos, o papado é derivado desta primazia: Mt 16,18-19; Lucas 22,31-2; João 21,15-17 são as passagens “papais” mais diretas. 


O nome de Pedro aparece primeiro em todas as listas dos apóstolos; até mesmo um anjo insinua que ele é o líder deles (Marcos 16,7), e ele andou pelo mundo como tal (Atos 2,37-8,41). Ele faz o primeiro milagre na Igreja (Atos 3,6-8), profere o primeiro anátema (Atos 5,2-11), Trouxe a vida novamente, a um morto (Atos 9,40), o primeiro a receber os Gentios (Atos 10,9-48), e o nome dele é mencionado mais freqüentemente que todos os outros discípulos reunidos (191 vezes). Essas, são algumas evidências que destaca Pedro dos outros Apóstolos.

146. Desde o princípio, a Igreja de Roma e os papas têm o governo e a direção teológica e a ortodoxia da Igreja Cristã. Isto é inegável.

147. O protestantismo, em seu desespero, tenta suprir algum tipo de continuidade histórica aparte da Igreja católica, às vezes tenta reivindicar uma linhagem de seitas medievais como os valdenses, Cátaros, Montanistas ou Donatistas. Porém, este empenho é sentenciado a um fracasso quando a pessoa estuda de perto no que estas seitas acreditaram.

148. Os Católicos tem o Cristianismo mais sofisticado e pensativo da filosofia sócio econômica e política, uma mistura de elementos “progressivos” e “conservadores” distinto da retórica que tipicamente dominam a arena política. Catolicismo tem a melhor visão da igreja em relação ao estado e cultiva como bem.

149. O Catolicismo possui uma filosofia Cristã bem estruturada. Trabalhou por vários séculos de reflexão e experiência. Como em sua reflexão teológica e desenvolvimento, a Igreja Católica é sábia e profunda, para uma extensão que verdadeiramente tem um selo divino e seguro. Eu já me maravilhava, logo antes da minha conversão, de como a Igreja católica poderia ser tão certa sobre tantas coisas. Eu fui acostumado a pensar, como um bom evangélico, que a verdade sempre era uma pluralidade de idéias de muitas denominações protestantes, “todas juntas.” Mas afinal de contas, a Igreja católica faz a diferença!

150. Por último, o Catolicismo tem a espiritualidade mais sublime e espírito de devoção, manifestado de mil modos diferentes. Do ideal monástico, para o celibato heroico do clero e religioso, os hospitais católicos, a santidade completamente de um Thomas, um Kempis ou um Santo Inácio, os santos incontáveis canonizados e como ainda, Madre Teresa, Papa João Paulo II, Papa João XXIII, os mártires primitivos, São Francisco de Assis, os eventos à Lourdes e Fátima, o intelecto deslumbrante de John Henry Newman, a sabedoria e perspicácia do Arcebispo Sheen de Fulton, São João da Cruz, a inteligência santificada de um Chesterton ou um Muggeridge, mulheres anciãs que fazem as Estações da Cruz ou o Rosário. Este espírito devoto é incomparável em sua extensão e profundidade, apesar de muitas contraposições protestantes. 


“A IGREJA É A COLUNA E O FUNDAMENTO DA VERDADE” (1 TIM3,15)

“ TODO AQUELE QUE DIVIDE JESUS É UM ANTI-CRISTO” (1 JO 4,3)

Tradução: Jaime Francisco de Moura
Fonte: Universo Católico.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

União civil entre homossexuais


O Conselho Nacional de Justiça legalizou a união civil entre homossexuais. A Igreja é contra. E leva pedra de muita gente. Chamam-na de homofóbica, repressora, retrógrada, obscurantista, reacionária e hipócrita. Os católicos, aos poucos, vão se acostumando a apanhar e vão se habituando com o vocabulário que a sociedade bem pensante nos reserva. Mas, demagogia à parte, gostaria de reapresentar neste antigo texto meu o porquê do posicionamento da Igreja. Depois, o meu prezado leitor tire a conclusão que achar conveniente.

Vou dividir meu arrazoado em duas partes: uma, voltada para os que acreditam em Cristo e no seu Evangelho, principalmente os católicos; a outra, logo abaixo, voltada para todos, sejam ateus sejam não cristãos.  


"O Mestre, que amou sem impor condições, ensinou-nos que acolher o pecador é diferente de aceitar o pecado. Daí o desafio de atacar o pecado e acolher o pecador. Ou seja, desarmar o agressor com uma atitude de resistência pacífica, que quebre o círculo vicioso da agressão, da violência e do mal. A Igreja acolhe o pecador, seguindo os ensinamentos de Cristo. Os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus: 'Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.'” (Lc 15, 2). Jesus disse:“Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15, 7)."


Parte I 

Para os cristãos, é claro que a Igreja não pode aprovar a união civil de pessoas do mesmo sexo, sobretudo entre os seus filhos. A norma do cristianismo é a Sagrada Escritura e a Tradição que vem dos Apóstolos. Aí está conservada, geração após geração, a regra de vida dos discípulos de Jesus. Nós, cristãos, não podemos fazer o que queremos, não podemos instituir para nós mesmos um critério de bem e de mal, de certo ou de errado de modo independente e até mesmo contrário à norma do Evangelho. Para nós, Jesus é a Verdade, não uma verdade teórica, abstrata: ele é a Verdade em Pessoa; nele, o homem descobre sua própria verdade, descobre o que é bom para o ser humano, como ele deve ser para que se realize plenamente e qual o sentido dos seus sofrimentos e alegrias, dos conflitos e das realizações da humanidade. Jesus é o homem perfeito; nele o mistério do ser humano se revela; é Jesus quem revela o homem ao próprio homem! Esta é a fé dos cristãos.

Ora, as Escrituras, que dão testemunho de Jesus, nossa Verdade, afirmam que o caminho para a sexualidade humana é o caminho heterossexual: ``Homem e mulher ele os criou; à sua imagem ele os criou!`` Para nós, cristãos, a questão do gênero não é somente cultural: o masculino e o feminino são dois modos de realização do humano, dois modos reais e complementares. A variante homossexual não faz parte do desígnio original de Deus para a humanidade. A Escritura e a Tradição da Igreja condenam explicitamente a prática homossexual. Certamente muito do modo de exprimir-se da Bíblia neste particular é condicionado pela cultura semita. Mesmo assim, para além da linguagem e do modo de exprimir-se, existe uma condenação clara por motivos teológicos: homem e mulher ele os criou, um para o outro, um complementando o outro!  


Mas, então, por que há pessoas homossexuais? Que culpa têm elas ante Deus? A fé cristã também ensina que a humanidade, tal como se encontra hoje, é ferida pelo pecado, é uma humanidade doente. Todos nós, sem exceção, somos feridos; nenhum de nós é mais expressão daquela humanidade como Deus sonhou desde o princípio. Somente Jesus é o humano perfeito, a expressão plena da humanidade. Somente caminhando para ele, parecendo com ele, tornamo-nos plenamente humanos, tornamo-nos aquilo que devemos ser! Ora, essa ferida da humanidade manifesta-se de tantos modos: problemas de temperamento, problemas morais, problemas afetivos, problemas na área da sexualidade, problemas nas nossas relações sejam em nível pessoal sejam em nível social, problemas com nossos instintos e impulsos. Todos temos de dizer como o Salmista: ``Minha mãe já concebeu-me pecador!`` Aqui não é o caso de pensar que alguém é assim ou assado porque está pagando seus pecados. Nada disso: trata-se de uma situação geral de desarrumação na qual a humanidade se encontra. Ora, para nós, cristãos, a homossexualidade é uma das manifestações dessa desarrumação que fere e nossa humana condição. Nenhum homossexual tem culpa por ser homossexual, mas a homossexualidade não faz parte do plano de Deus para ninguém; é uma desordem moral.

Nós cremos também que, por ser pecadora, a humanidade sozinha não pode se encontrar e, por isso, o Pai enviou o seu Filho que por nós morreu e ressuscitou. Cremos que ele assumiu nossas dores, nossas angústias, nossos conflitos. Nós, cristãos, sabemos que somos chamados a completar na nossa carne o que faltou da paixão do Cristo Jesus. Então, um homossexual que seja cristão é chamado a procurar viver a castidade, isto é, a viver sua sexualidade conforme ao que Cristo propõe: a vida sexual na dimensão de sua expressão genital, erótica, isto é, do ato sexual, somente é lícita dentro do sacramento do matrimônio. E isso vale para todos, sem exceção! Que o leitor não faça cara de assustado! Essa sempre foi e sempre será a fé da Igreja, porque foi isso que ela recebeu de Cristo!

Certamente, tal proposta não é fácil para um homossexual! A Igreja sabe disso. Por isso mesmo, deve acompanhar seus filhos homossexuais com caridade materna, compreendendo-os, ajudando-os a viver o mais que puderem de acordo com o Evangelho. Os homossexuais, como os héteros, são capazes de uma vida virtuosa também no campo da sexualidade. E quando não puderem chegar a esse ideal? E quando decidirem assumir uma relação estável com alguém do mesmo sexo? A Igreja não deve nem pode desprezar tais filhos. Não dirá que eles estão corretos, mas vai sempre dizer que o Senhor os ama, que eles têm um lugar na Comunidade dos cristãos e que eles devem sempre esforçar-se ao máximo para ter uma vida digna, alicerçada em valores humanos e cristãos, como a sinceridade, a fidelidade, a doação, a decência... 


A Igreja não pode abandonar à própria sorte um filho seu pelo fato de ter uma vida homossexual ativa. Não dirá que eles estão corretos, mas também não os renegará nunca! Certamente, um cristão homossexual que tenha prática sexual, não deve confessar-se (a não ser que estivesse disposto a mudar de atitude) nem receber a comunhão eucarística. Mas, pode e deve, certamente, rezar, participar da Missa, participar de movimentos e atividades da Igreja, buscar conselho e orientação junto a um sacerdote. Pastoralmente, é uma situação análoga à dos casais em segunda união.

Um homossexual que seja um bom cristão – e há muitos! – não dirá: ``Eu tenho direito de comungar, eu tenho direito disso ou daquilo!`` Diante de Deus ninguém tem direito; tudo é graça! Amar o homossexual, compreendê-lo, acompanhá-lo, respeitar sua dignidade, sim; fazer a apologia da prática homossexual, nunca! A Igreja seria infiel ao seu Senhor. Assim, um homossexual cristão, que deseje manter-se em comunhão com Cristo e sua Igreja, jamais poderá dizer que a homossexualidade é tão válida moralmente quanto à heterossexualidade. A fé nos impede tal afirmação. E, quem não crê? Faça como quiser, já que seu critério não é o Cristo e sua Palavra.

Se é assim, por que, então, a Igreja é contra uma lei que una civilmente os homossexuais, mesmo que eles sejam não-católicos? O que ela tem a ver com isso? 

Parte II


Bom, até o presente momento expliquei por que a Igreja não pode aceitar que a homossexualidade tenha a mesma avaliação moral que a heterossexualidade. Expliquei que o projeto de Deus para a sexualidade humana, tal como revelado na Escritura Sagrada e conservado na perene Tradição da Igreja, é somente o caminho heterossexual. Isso é parte integrante da fé dos cristãos. Nunca é demais recordar que a Igreja não se faz a si própria nem norma de si mesma: aquilo em que ela crê e o seu modo de avaliar a realidade está sujeito à Palavra de Deus, contida na Escritura e na Tradição apostólica. Nem o Papa nem um concílio nem ninguém pode colocar-se acima do critério último de verdade salvífica. E esta verdade é Jesus, tal como apresentado na Escritura e na Tradição interpretadas com autoridade divina pelo Magistério.

Mas, por que a Igreja é contra o projeto de união civil entre homossexuais, já que este diz respeito também a não-cristãos e não-católicos? O que a Igreja tem a ver com não-católicos que desejem uma parceria reconhecida civilmente com os mesmos direitos de um matrimônio convencional? Trata-se de uma questão civil, cidadã, não religiosa... Não seria uma exorbitância da Igreja, velha bruxa sedenta de atanazar a felicidade alheia? Não! 


O problema é que a questão em pauta diz respeito a toda a sociedade, pois que envolve o conceito de família; e de modo muito prático. Por mais que se queira negar, a família é decisiva para a constituição e para a personalidade de uma sociedade. 

Destrua-se uma e a outra perecerá. Na história, em todas as civilizações a sociedade como um todo sempre tutelou e normatizou a instituição familiar. Na família, os valores são transmitidos, a vida é gerada e tutelada, a própria identidade de uma comunidade humana é forjada e passada, geração após geração.. Admitir um “casamento gay” legalmente reconhecido, seria esvaziar e diluir totalmente o que seja família; ela seria somente, como defendem alguns desastrados, uma união afetiva de pessoas! Aceitar tranquilamente uma união civil entre homossexuais e, posteriormente, o direito à adoção de crianças, seria o mesmo que redefinir totalmente o que seja família para nós. 

Nosso conceito tradicional, plasmado pela nossa cultura e que, por sua vez, plasmou também muito da nossa sociedade, desapareceria totalmente. Nossas crianças e as gerações futuras teriam uma consciência totalmente deturpada do que seria uma família! A família não mais teria nada de sagrado, de perene, de estável, de específico, sendo reduzida a uma associação qualquer. Não se pode brincar com uma coisa tão séria! Infelizmente, tudo quanto essa nossa sociedade hedonista toca, transforma em lixo! É óbvio, portanto, que essa questão não diz respeito somente aos próprios homossexuais, mas a toda a sociedade; não é uma questão priva, como muitos querem enganosamente fazer pensar... A família já anda tão desacreditada, tão bombardeada, tão desmoralizada... Faz-se a apologia da separação, dos ex-maridos e ex-esposas, dos filhos de pais separados. 

Recentemente, no dia dos pais, um jornal do nosso Estado estampou na primeira página: “Pais separados e felizes”. Ou seja: exalta-se o que se deveria procurar evitar! Por mais que haja separação entre religião e estado, no Brasil – e isso é bom -, o povo brasileiro é, na sua formação cultural e na sua imensa maioria, religioso e de profissão de fé cristã. Não se pode, então, impor uma inovação tão grave e deturpadora do conceito de família a toda uma sociedade por vontade de uma minoria.

Certamente, um “casal” homossexual que deseje viver “maritalmente” tem esse direito, desde que não imponha a toda uma sociedade a sua escolha. A Igreja reconhece que as pessoas que formam esse par têm direito, perante a lei, a benefícios análogos aos casais: aposentadoria do parceiro, plano de saúde, etc. Certamente, pode-se e deve-se encontrar meios legais de preservar tais direitos. O que não se deve aceitar de modo algum é que isso exija que se crie um casamento legal e, ainda mais, com a possibilidade de adoção de crianças! Sinceramente, é ridículo ver a união civil entre pessoas do mesmo sexo transformada num arremedo de casamento com véu, grinalda, marcha nupcial e bolo de casamento! Uma sociedade decente tem o dever de tutelar a família e as crianças. A questão é que nossa sociedade já há muito deixou de ser decente... Nossa sociedade é doente; doente do orgulho cego de uma humanidade que pensa que é a norma de si própria, o critério do bem e do mal!

Procura-se passar a ideia que a Igreja milita contra os homossexuais. Não é verdade. A posição da Igreja e seus motivos são os acima elencados. Há espaço sim para o diálogo. Mas o rolo compressor da mentalidade neo-pagã não deseja diálogo. A adoção por pares homossexuais será aprovada logo após e a questão da união homossexual continuará sendo tratada como algo que somente diz respeito aos dois interessados... A família, os valores e o cristianismo que se danem... 

7º Bispo Auxiliar de Aracaju

Adaptações e colaboração: Marcelo Petrelli


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terça-feira, 7 de maio de 2013

Grandes mitos sobre a Igreja Católica #1


Nos dias de hoje, nem os católicos conseguem defender a Igreja; muitos se calam diante de qualquer questionamento. Seus escudos estão quebrados; suas espadas foram perdidas. É de partir o coração o estado em que se encontram muitos que vão à Igreja durante toda a vida, mas nem mesmo a conhecem.

E agora, diante desta situação, uma minoria de pessoas mal intencionadas consegue fazer os católicos se sentirem culpados por pertencer a uma Igreja "corrupta", "assassina" e "cruel". Nós vivemos em um país em que não se pode ousar dizer que o homossexualismo é pecado, mas podemos ofender a Igreja, chamar todos os padres de pedófilos e acusar o Papa dos mais variados crimes. Este é o Brasil de hoje: um reflexo do mundo que está enlouquecendo.

Não fico triste pelo que dizem e tenho pena dos ignorantes - que enchendo a boca com saliva venenosa para ofender a Igreja. Tenho pena daqueles que nada sabem sobre a Igreja, nunca averiguaram os mitos tão contados sobre ela e ainda assim orgulham-se de atacá-la e desprezá-la da maneira mais arrogante possível.

Mas por que todo mundo acredita nos mitos contados? Sabem ao menos que são mitos? E por que alguém iria querer contá-los? Essas são questões que precisam ser respondidas, e é isto que será feito agora. Terra Plana, Santa Inquisição, Caso Galileu, Cruzadas, Venda de Indulgências ou o Silêncio de Pio XII: exemplos de bobagens sem fundamento que nunca deixarão de ser repetidas pelos inimigos da Igreja, ou até pelos seus próprios filhos.

1.1 - O mito da Terra Plana

De tão comum, esse mito, hoje, já está até sendo misturado com outros. Algumas pessoas chegam a dizer que o motivo da pena de Galileu, foi ele ter afirmado que a Terra era redonda, contrariando a Igreja, que pregava que esta era plana. Antes de mais nada, vamos, então, aos exemplos.

No Yahoo! Answers, é feita a pergunta: A Bíblia achava que a Terra era Plana? 
A partir daí, as maiores bobagens são ditas. O usuário ASA SUL ® diz: "Durante muitos anos a ciência afirmou que a Terra era plana, e Galileu Galilei discordou e disse que a Terra era redonda. Por isso foi condenado à morte pela igreja católica". Além de demonstrar ignorância quanto ao caso da Terra plana, demonstra também ignorância quanto ao caso de Galileu, mas deste falo mais à diante. O usuário NELSON diz que "Galileu, Vespuci, Da vinci, [...] comprovaram que a Terra era redonda". E no vídeo "Crimes do Ateísmo", o usuário DavidWDRS diz que "Galileu foi morto e excomungado pela igreja, porque propôs a teoria [de] que a Terra era redonda". 


Acreditem: não é difícil encontrar exemplos em que a confusão é feita. Mas lembremos, por hora, que o caso Galileu é relacionado ao Heliocentrismo, que apareceu com Nicolau Copérnico, publicado em seu De revolutionibus orbium coelestium, em 1543. Então, deixando Galileu de lado, é necessário responder a pergunta: A Igreja Católica ensinava que a Terra era plana?

Conta-se que, bravo e destemido, Colombo dispôs-se a aventurar-se nos grandes mares e circular todo o globo terrestre, por isso sendo fortemente repreendido pela Igreja, que hesitou em apoiá-lo, alegando que ele cairia na borda da Terra, ou que dragões e outros monstros comeriam ele e sua tripulação vivos, já que havia um abismo em determinado ponto dos Oceanos. Mas seria isso verdade? A Igreja se opôs a Colombo baseado em argumentos tão infantis e anti-científicos?

Pelo contrário, era sabido que a Terra era um globo, e isto pode ser comprovado facilmente através das evidências históricas. Mais que isso, pode ser comprovado pela própria Bíblia: Salomão, por exemplo, se refere ao globo terrestre nos Provérbios e no Livro da Sabedoria. De qualquer forma, não é o relato bíblico que está sendo discutido, mas sim a hipótese de as pessoas terem acreditado na Terra plana e de a Igreja tê-la ensinado. Isso, com toda a certeza, nunca aconteceu.

Ninguém, na Idade Média, acreditava que a Terra era plana. Na verdade, algumas pessoas falavam sobre isso, ou mesmo acreditavam, mas eram grupos bem pequenos que não influenciaram o pensamento de ninguém. Os dois mais "populares" são tão populares que ninguém nunca ouviu falar deles: Lactantius, que viveu entre o Século III e IV; e Cosmas Indicopleustes, navegante do Século VI. Lactantius teve sua visão considerada herética pela Igreja; em seu trabalho, ele rejeitou todos os filósofos gregos e, consequentemente, a terra esférica - os gregos já até haviam medido a circunferência da Terra, muitos anos antes de Cristo. Cosmas também foi ignorado pela Igreja e, mais importante do que isso, seus escritos - em grego - foram traduzidos para o latim apenas em 1706, o que significa que sua obra, tal como a de Lactantius, além de ter sido rejeitada, nunca pôde influenciar ninguém, visto que não estava acessível aos leigos da época (Século VI), em que pouquíssimos do Ocidente entendiam grego, e não fora aceita entre os intelectuais. Seria impossível que a crença ganhasse força a partir deles. 

  
Deus Criador, através de princípios geométricos; Bíblia Moralisee, Codex Vindobonensis
Bíblia; Toledo

Então, se a Igreja rejeitou qualquer visão de Terra plana, como teria este tão famoso mito começado? Jeffrey Burton Russel, em seu livro Inventing the Flat Earth (Inventando a Terra Plana) oferece a resposta: Antoine-Jean Letronne e Washington Irving, interessados em retratar a Igreja como estúpida, inventaram o mito para que a credibilidade da Igreja em outros debates fosse abalada.

Outro historiador, Thomas Woods, exemplifica a intenção deles, quando diz: "Se podemos [os iluministas] retratar a Igreja como sendo tão ridícula, que, na verdade, costumava ensinar que a Terra era plana, então, nós podemos mostrar que Ela é um oponente absolutamente desprezível". E continua: "Eu tenho certeza que eles não tinham ideia da durabilidade desse mito; de que no Século XXI ainda o ensinariam [...]. Ele [o mito] simplesmente não desaparece. Mas por que não desaparece? Por que tem tanta durabilidade? A razão, é que o mito alimenta o estereótipo iluminista: a Igreja Católica é estúpida, impede o progresso e nos força a acreditar em bobagens".


Widson Porto Reis exemplifica o que Letronne fez com a obra "Topografia Cristã", de Cosmas, quando atribuiu à ela uma importância que ela nunca teve: "Seria como se daqui a mil anos alguém encontrasse um obscuro trabalho científico questionando a evolução e afirmasse que os cientistas do século XXI não acreditavam na evolução". Sobre a definitiva propagação do mito, acrescenta ele: "O mito realmente ganhou a força que tem até hoje quando John Draper (1811-1882), um físico violentamente anti-católico, publicou em 1873 o livro A História do conflito entre a Ciência e a Religião utilizando o mito da Terra plana como exemplo de como as crenças religiosas eram estúpidas e atrasadas e necessariamente se opunham ao progresso da ciência", exatamente o que Woods retrata como a intenção de Letronne e Irving.

Por tudo isso, é absurdo afirmar que a Igreja ensinava que a Terra era plana, e que este foi o motivo que a levou a repreender a viagem de Colombo. Não há historiador sério que seja capaz de acreditar nesta bobagem, e até em obras muitíssimo antigas é possível notar que, durante toda a Idade Média, era aceita e difundida a ideia de que a Terra era esférica. Orlando Fedeli cita alguns exemplos, como a estátua de Carlos Magno, obra romântica do Século IX, em que o Imperador segura um globo que representa a Terra. Cita, também, o exemplo da Catedral de Notre-Dame - 1300 -, em que Nossa Senhora tem em seus braços o menino Jesus, que segura o globo da Terra entre seus dedos, como se brincasse com o nosso mundo. A escultura é inspirada em Provérbios 8: 30-31, que diz: "E cada dia eu me deleitava brincando continuamente diante d'Ele, brincando sobre o globo da Terra". 

 
O Globo na Idade Média

De fato, houve discussão entre Colombo e a Igreja (o debate de Salamanca), mas não porque a Terra era plana, e sim porque a Igreja afirmava que Colombo, em sua tentativa de chagar à Índia pelo Ocidente, estaria subestimando o tamanho do globo terrestre, e que provavelmente morreria de fome, pois navegaria e não chegaria a lugar algum. Pois a Igreja estava certíssima, e se Colombo não tivesse se deparado com o continente Americano, seria exatamente isto que aconteceria com ele e sua tripulação - Colombo considerava que Terra tinha apenas 20% do seu tamanho real.

Para quem duvida que os inimigos da Igreja fazem de tudo para vê-la em maus lençóis, está aí um bom exemplo de clara desonestidade que continua, ainda hoje, a ser professado em cada colégio, por cada professor desinformado ou mal intencionado, já retratando paras a crianças uma imagem negativa da Igreja, baseados em algo que ela nunca fez; baseados em uma mentira que pode ser facilmente desmascarada, mas que, como lembra Woods, "não foi desmascarada, porque serve a um propósito". De qualquer forma, seria ótimo se este mito fosse o único.

1.2 - A Santa Inquisição

No caso da Terra plana, inventou-se algo que nunca aconteceu, mas todos nós sabemos que a Inquisição, de fato, existiu. Ninguém nega a Inquisição, mas mesmo sendo real, muitas são as distorções, omissões e desonestidades referentes a este episódio tão marcante. Talvez o pior deste episódio, é que os inimigos do cristianismo têm como aliados os protestantes: peritos em difamar a Igreja Católica. A difamação, como de praxe, não tem validade histórica, não tem boas referências e não pode ser confirmada; seu único motor é a sede de ofender a Igreja e fazê-la parecer vilã de todas as histórias.

Muitas vezes, os próprios católicos acabam concordando com as bobagens pregadas contra a Igreja. Eu mesmo já vi muitos dizendo coisas como: "Sou católico, mas a Igreja tem um passado negro";  "sou católico, mas não por causa da Igreja"; ou "a Igreja Católica não tem o direito de repreender o que há de errado no mundo, porque já errou mais do que todo o mundo junto". Este é o nível de alguns "católicos" brasileiros: aqueles que, conformados com toda lorota que ouvem, acabam prestando um desserviço à doutrina que afirmam seguir e respeitar. É aquele que Luciano Ayan define como cristão vira-lata

Alguns ateístas e protestantes afirmam que, durante a Inquisição, milhões de pessoas foram mortas. E esse "alguns" não se refere a poucas pessoas; muito pelo contrário. Os que supõem números mais moderados também acabam cometendo erros. Este site (http://www.espada.eti.br/n1676.asp) afirma que a Inquisição foi responsável por mais de 75 milhões de mortes. Já o site Ateus do Brasil (http://ateusdobrasil.com.br/p/1995/) diz que foram 600 mil pessoas torturadas e queimadas durante a Idade das Trevas - vamos desconsiderar o fato de o autor do texto achar que Frei Betto é católico; o foco é a lorota do número de vítimas durante a dita "Idade das Trevas".

Estes números não são nada modestos: 75 milhões é um número de mortes maior que causado por Mao Tsé-Tung, o maior genocida da história da humanidade; 600 mil equivale a quase seis Fidéis Castro. Mas seriam estes números verdadeiros e confiáveis? A inquisição realmente matou milhões - ou centenas de milhares - de pessoas? Esqueçamos o que diz as apostilas de ensino médio, os neo-ateístas raivosos ou os protestantes ignorantes, e olhemos para o que os historiadores têm a dizer. Somente através da pesquisa profissional e dedicada que a verdade pode ser esclarecida; através de propaganda fundamentada no ódio nada confiável será alcançado.

João Bernardino Gonzaga, no livro A Inquisição em seu Mundo, introduz o estereótipo da Inquisição: "Nascida oficialmente no começo do século XIII e durando até o século XIX, a Inquisição dedicou-se, dizem eles, a semear o terror e a embrutecer os espíritos. Adotando como método de trabalho a pedagogia do medo, reinou, de modo implacável, para impor aos povos uma ordem, a sua ordem, que não admitia divergências, nem sequer hesitações. Ao mesmo tempo, pretende-se que o que havia por detrás dela, nos bastidores, era um clero depravado, ignorante e corrupto, em busca apenas do poder político e da riqueza material". 


Qualquer pessoa que tenha ousado discutir o tema, seja com amigos - casualmente -, ou mesmo na Internet, sabe bem que em todo grupo, por menor que seja, há sempre um ou dois, com ferro na mão, prontos para dar cacetadas nas costas da Igreja usando como justificativa a Santa Inquisição. Ninguém se interessa em entender o contexto, ou se aprofundar no que é defendido pelos historiadores que investigaram o assunto; o único objetivo é justificar o ódio contra a Igreja, mostrando como ela cometeu crimes repugnantes - crimes que só homens sujos e desonestos seriam capazes de tolerar, ainda que sem nenhuma referência -, ou seja, uma tentativa de envergonhar todo filho da Igreja por ser católico e fazer parte de uma instituição tão "cruel e opressora".

Achismos, ódio e ignorância deixados de lado, vejamos o que foi a Inquisição, porque aconteceu, e quais foram seus resultados. Relata Gonzaga, sobre a origem da propaganda anti-católica: "A Inquisição se tornou [...] um arquétipo, um símbolo universalmente aceito de intolerância, prepotência, crueldade; e ela ficou sobretudo ligada, de modo indissolúvel, à Espanha [...]. A ofensiva principiou no século XVI, quando esse país se converteu na maior potência mundial [...]. Tal hegemonia despertou a cobiça dos protestantes, tendo à frente a Holanda, que ansiava por assenhorear-se do tráfico internacional. A propaganda desmoralizadora foi uma das grandes armas utilizadas: valendo-se da imprensa recém-inventada, os protestantes inundaram a Europa de livros e panfletos, todos insistindo em denegrir a imagem dos papas, da Igreja e dos católicos ibéricos".

Obviamente, os protestantes não eram os únicos. Continua o autor: "O combate foi engrossado pelos anglo-saxões [...]. A técnica utilizada para atacar o catolicismo foi sempre a mesma: o leitmotiv era a figura de uma Espanha dirigida pelo clero, por isso atrasada, obscurantista e, em consequência, reduzida afinal à pobreza. Para a campanha, com muito empenho sempre contribuíram também os judeus [...]. Esse clima [...] recebeu mais adiante o reforço do movimento iluminista do século XVIII, o "século das luzes". Tomados de feroz anticlericalismo, os enciclopedistas franceses, com Voltaire à frente, converteram a Inquisição na sua principal arma de combate à Igreja. Tratava-se, diziam, de instrumento de opressão contra as liberdades individuais, manejado por um clero fanático e corrupto, desejoso de manter o povo na ignorância e que se impôs pela tortura".

Mas mais importante que entender a origem das distorções, é entender o que era, de fato, a Inquisição. Recentemente, ouvi uma grande bobagem em um dos programas que parece ser um dos mais respeitados pelos ateístas: Atheist Experience. No episódio "Christians, read about the Inquisition!" (Cristãos, leiam sobre a Inquisição), um espectador chamado Chuck, recomenda que os cristãos "leiam sobre a Inquisição: isso os explicará bastantes coisas sobre a religião". Por hora, ignoremos o fato de ele não ter seguido o próprio conselho, e notemos que ele diz que "o cristianismo nem mesmo existiria, hoje, se não fosse pela Inquisição". 



Por que ele diz isso? É simples: na cabeça de muitos, além do caráter cruel da Inquisição, pensa-se também que ela era aplicada a qualquer ser humano que estivesse por perto, à toa, fazendo algo que desagradasse a Igreja. Por isso, o nobre Chuck diz, sobre o caráter da Inquisição: "Basicamente, se você não acreditasse em Deus, eles [os católicos] te enforcavam, te queimavam, ou - sabe? - te destruíam". Mas este não é, nem de perto, o caso. Como descreve Fedeli, "a Inquisição foi instituída para combater o catarismo". O catarismo era uma heresia considerada perigosa, e foi justamente pelo combate da heresia dentro da Igreja, que a Inquisição existiu. O que isto significa? Significa que os tribunais da Inquisição só poderiam julgar católicos hereges.

Não é o que dizem os livros "didáticos", não é o que nos contam, mas é o que era. É o que Chuck não sabe. Quando ele diz que o cristianismo não existiria, não fosse pela Inquisição, ele sugere que qualquer opositor do catolicismo seria assassinado, e que a doutrina cristã era forçada à toda população, como um requisito básico para sobrevivência, algo como: "Quem não for cristão será eliminado, a menos que se converta". Mas os tribunais não existiam para obrigar o cristianismo, e quem não fazia parte da Igreja nunca poderia ser, por ela, condenado. Como seria herege aquele que nem mesmo acredita em Deus? Aí mora o perigo da interpretação de tais tribunais: pensa-se que ateus, muçulmanos e judeus, por exemplo, poderiam ser julgados por heresia contra a Igreja Católica, mas é óbvio que isto era impossível. Lembremos, ora, de Galileu: foi justamente porque era católico, que a Igreja o condenou - mas, novamente, deixo este caso para depois.

Em adição à isto, o judeu George Sokolsky escreveu, em 1935, que "a tarefa da Inquisição não era perseguir judeus, mas limpar a Igreja de todo traço de heresia ou qualquer coisa não ortodoxa. A Inquisição não estava preocupada com os infiéis fora da Santa Igreja, mas com aqueles heréticos que estavam dentro dela". O especialista inglês em História do Judaísmo, Dr. Cecil Roth, declarou, em 1927: "A verdade é que os Papas e a Igreja Católica, desde os primeiros tempos da Santa Igreja, nunca foram responsáveis por perseguições físicas aos judeus, e entre todas as capitais do mundo, Roma é o único lugar isento de ter sido cenário para a tragédia judaica. E, por isso, nós judeus, deveríamos ter gratidão".

Portanto, pior do que as bobagens ditas por Chuck sobre Inquisição, é o fato de os apresentadores do programa concordarem com o que é dito, e ainda acrescentarem mais mentiras sobre o caso. Na verdade, penso eu, isto é bom: prova o quanto as referências ateístas são ignorantes sobre vários assuntos; muito ignorantes, mesmo. Jeff Dee afirma que "a Inquisição foi a época em que o cristianismo era como o Taliban é hoje", e isto, para mim, confirma a completa falta de entendimento do que foi a Inquisição, o que ela fez, com quem fez e porque fez. Mas é necessário advertir que é difícil encontrar um ateísta que conhece a Inquisição, ou se interessou em compreendê-la; eu mesmo nunca vi um.

Ainda sabendo que a Inquisição era destinada exclusivamente aos católicos - enquanto tribunal eclesiástico, já que havia também os tribunais civis, e estes não estavam submetidos à Igreja -, fato que possivelmente será negado quando apresentado, falta esclarecer uma coisa: foram, de fato, milhões de hereges mortos durante a famosa Idade das Trevas?

O historiador Agostino Borromeu, especialista no assunto, revela dados completamente contrários aos absurdos que se propaga por aí. Tão contrários que, sem dúvida, a primeira reação de quem lê, é de fortíssimo ceticismo. Queiram ou não, segue aqui o que várias autoridades no assunto têm a dizer.

Afirma Borromeu: "A Inquisição na Espanha que era dirigida pelos Reis - em referência ao tribunal mais conhecido - celebrou entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram 1,8% (804)". Rino Camillieri, autor do livro La Vera Storia dell Inquisizione, afirma que "na principal cidade medieval - centro da heresia cátara -, em um século, houve apenas 1% de sentenças à morte" (pág. 36). Referente às famosas "caçadas de bruxas", Borromeu diz que "dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição espanhola condenou à morte 59 pessoas. Na Itália, foram 36, e em Portugal, 4". Ainda acrescenta que, "ao contrário do que se divulga, o número de pessoas condenadas a pena máxima era muito pequeno".

Sobre o caso das bruxas, muito, também, precisa ser dito. O historiador Gustav Henningsen diz: "O certo é que, ao contrário do que comumente se crê, as perseguições de bruxas não se deveram a iniciativa da Igreja, foram manifestação de uma crença popular, cuja bem documentada existência se remonta a mais remota antiguidade [...]. Não foi a Inquisição que iniciou a perseguição às bruxas, senão a justiça civil nos Alpes e na Croácia [...]. A inquisição podia haver causado um holocausto de bruxas nos países católicos do Mediterrâneo, mas a história demonstra algo muito diferente: a Inquisição foi, aqui, a salvação de milhares de pessoas acusadas de um crime impossível" - La inquisición y las brujas, pág. 568-94 (L'Inquisizione, Atti del Simposio internazionale).

Como vai ficando evidente, os especialistas demonstram, sem rodeios, que a maioria das afirmações feitas por leigos sobre a Inquisição, merece simplesmente ser ignoradas. É importante saber, também, que historiadores não-católicos, como o protestante Henry Charles Lea, defendem a Igreja neste ponto. Afirma ele que "a Igreja, combatendo os cátaros, salvou a humanidade". Isto por causa de algumas visões cátaras referentes à mulher e seu papel, que poderiam causar problemas à muita gente se propagadas.

Sobre os casos de tortura, diz Henry Kamen: "Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais europeus, a Inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspeção que a deixa em lugar favorável se se compara com qualquer outra instituição. A tortura era empregada somente como último recurso e se aplicava em pouquíssimos casos". Fedeli acrescenta: "Foi a Igreja a primeira a não aceitar a confissão sob tortura como prova de culpa. Na Inquisição - ao contrário do que se fazia em todas as partes, a tortura só podia ser aplicada uma vez, sem derramamento de sangue, só com a aprovação do Bispo e com a assistência de um médico. Os papas sempre preveniram os inquisidores de que eles eram pastores, e não torturadores, nem carrascos. Nas prisões de todos os países, toda pena capital era precedida de torturas punitivas. Por isso os acusados preferiam ser julgados pela Inquisição, onde o tratamento era sempre muito menos cruel". 


Kamen, então, mostra que "as cenas de sadismo que descrevem os escritores que se inspiraram no tema possuem pouca relação com a realidade", e Camillieri confirma: "O fato é que os inquisidores não acreditavam na eficácia da tortura [...], como meio de prova a tortura era pouco útil. Não só isso. A confissão obtida sob tortura devia ser confirmada posteriormente por escrito pelo imputado, sem tortura (somente assim as eventuais admissões de culpa podiam ser levadas a juízo)".

Diante de tudo isto apresentado, podemos concluir que a Inquisição católica não é o monstro retratado pelos inimigos da Igreja: foi restrita aos hereges, foi mais humana que os tribunais civis, condenou à morte um número proporcionalmente pequeno de pessoas e não perseguiu bruxas e descrentes, muito menos com a sede de sangue que retratam os leigos e desonestos interessados em retratar a Igreja como cruel e repressora.

Como bem lembra Dinesh D'Souza, considerando o tempo que durou a Inquisição, a média de mortes foi de 4 a 5 por ano - um número desprezível -, e diante deste dado histórico confirmado pelas maiores autoridades do assunto, é seguro dizer que a Inquisição, tal como é retratada, não passa de um mito. O Papa João Paulo II realmente se desculpou pelos erros cometidos pelos filhos da Igreja durante a Inquisição, mas não porque nada na Inquisição se justifica, e sim porque todo tribunal humano está sujeito a erros - a menos que eu esteja enganado e a justiça perfeita esteja sendo praticada nos tribunais do Século XXI. É este o caso?

1.3 - O caso Galileu

O caso Galileu é talvez o mais triste de todos, porque serve de justificativa para uma crença que, além de nunca ter sido verdade, é baseada exatamente no oposto da verdade: a crença de que a Igreja Católica é inimiga da Ciência e da razão. A Igreja que forneceu as bases para a revolução científica é, hoje, condenada por ter impedido o progresso neste campo. Desmitificar esta crença é trabalho aparentemente complicado, mas o certo é dizer que ninguém se interessa em fazê-lo. Thomas Woods, Edward Grant, A. C. Crombie, etc.: historiadores que mostraram que a Igreja não só incentivou a Ciência Moderna, como foi fundamental para que esta se tornasse o gigante que o mundo conheceu. As autoridades no assunto entendem que o título justo à Idade Média seria "Idade da Razão e do Conhecimento". A reação de quem lê tal "absurdo" talvez seja um riso de desdém, mas, novamente, não interessa a quem é sério o sentimento arrogante de quem bota o preconceito e o ódio acima da verdade.

O caso de Galileu Galilei, tão distorcido e confundido, como já foi mostrado, merece atenção especial, pois são tantas as mentiras e omissões feitas - não diferente dos outros dois mitos abordados -, que é necessário desmentir, de uma vez por todas, uma das histórias que tem justificado uma das maiores bobagens professadas contra a Igreja: a de que ela é inimiga do conhecimento.

Tudo começa com Nicolau Copérnico, o homem que propôs o modelo heliocêntrico. Copérnico foi um astrônomo polonês que acreditava, em geral, no que conhecemos por Sistema Ptolomaico. Ptolomeu foi o astrônomo grego que propôs que os planetas eram ordenados da seguinte maneira: a Terra no centro, e o Sol e os outros planetas orbitando a Terra. De acordo com o Sistema Ptolomaico, ou Sistema Ptolomaico-Aristotélico, os planetas orbitavam a Terra em círculos perfeitos, e a uma velocidade constante perfeita. O modelo também sugeria que os vários corpos celestes, incluindo os outros planetas e a Lua, eram esferas perfeitas.

Copérnico sugeriu que algumas mudanças deviam ser feitas: pôr o Sol no centro e ter a Terra como um dos planetas que orbitam o Sol. O resto - esferas perfeitas, órbitas circulares perfeitas e uma velocidade constante - ele manteve. Isto ficou conhecido como Sistema Heliocêntrico. Ao contrário do que se pensa, a Igreja não considerava herética a defesa do modelo copernicano. Copérnico dedicou sua obra ao Papa Paulo III, que foi publicada a pedido de cardeais católicos, em 1543.

Em um artigo dos mais mentirosos que já encontrei na Internet, que declara a Bíblia como anti-científica (http://www.evo.bio.br/LAYOUT/BibleXCien.html), lê-se o seguinte: "De fato, a Bíblia não declara explicitamente que o Sol gire em torno da Terra, tal afirmação era feita principalmente por alguns filósofos gregos e alexandrinos, e sendo assim a Igreja Católica, influenciada por tais visões, e ignorando propostas Heliocentristas que já existiam antes da própria fundação da Igreja de Roma, assumiu tal postura intransigente, declarando o Heliocentrismo como uma heresia".

Percebam o tamanho da bobagem escrita: a Igreja ignorou propostas heliocentristas que já existiam desde antes da sua fundação - e por intransigência declarou o heliocentrismo uma heresia. Espero que alguém já tenha reconhecido o talento do autor para contar piadas. A Igreja incentiva que Copérnico publique sua obra, ele então a dedica ao Papa, mas a sua teoria é considerada herética? Ora, a Igreja nunca considerou o Heliocentrismo uma heresia e, aliás, o geocentrismo não era adotado por puro dogmatismo, mas porque as evidências estavam ao seu lado até poucos séculos atrás.

Ignorando a especulação infundada do rapaz, voltemos à análise séria do caso. O modelo copernicano era ensinado como uma teoria legítima em universidades jesuíticas por todo o Século XVI. No início do Século XVII, surge Galileu, que foi responsável por descobertas na física e em outras áreas. Ele detectou, através de suas observações, características que debilitavam aspectos do Sistema Ptolomaico; notou que havia crateras na Lua, anulando, assim, a ideia de esfera perfeita e, consequentemente, evidenciando falhas no modelo de Ptolomeu. Notou, também, que havia luas orbitando Júpiter, e que, enquanto Júpiter seguia sua tragetória, suas luas o acompanhavam. Isso não podia ser conciliado com o modelo de Ptolomeu, em que tudo orbitava a Terra.

O trabalho de Galileu foi bem recebido e bastante celebrado por homens da Igreja. Em 1610, o pe. Cristóvão Clávio o escreveu dizendo que seus colegas - jesuítas astrônomos - haviam confirmado suas descobertas feitas pelo telescópio. Galileu escrevera: "Fui recebido e favorecido por muitos ilustres cardeais, prelados e príncipes desta cidade". Foi ouvido pelo Papa Paulo V, e teve um dia de atividades em sua homenagem, no Colégio Romano Jesuíta. Em 1612, pela primeira vez em impressão, ele disse que favorecia o sistema copernicano, ao menos no que se referia à posição do Sol.

Galileu acreditava no Sistema Heliocêntrico, e isto não lhe trouxe problema algum. Recebeu uma carta de congratulações sobre seu escrito referente ao Heliocentrismo (História e demonstrações em torno das manchas solares e dos seus acidentes), do futuro Papa Urbano VIII, então cardeal Maffeo Barberini. A Igreja argumentava que o modelo copernicano estava correto como modelo teórico, mas ainda carecia de ser provado como verdade literal. Mesmo após detectar crateras na Lua e notar o movimento das luas de Júpiter, Galileu ainda era incapaz de refutar o Sistema Ptolomaico ou provar o de Copérnico. A rotação da Terra e o heliocentrismo só vieram a ser comprovados experimentalmente em 1851, com o pêndulo de Léon Foucault.

Era impossível, também, na época, que a Paralaxe Estelar fosse detectada: o primeiro a fazê-lo foi Friedrich Wilhelm Bessel, em 1838. Diante disso, estaria fora do alcance de Galileu demonstrá-la, ainda que vivesse mais de cem anos. E foi justamente diante da impossibilidade de refutação do modelo de Ptolomeu, que começaram os problemas do caso Galileu. Insatisfeito em admitir o heliocentrismo apenas como teoria, continuou a afirmá-lo como verdade, e foi mais longe, sugeriu, ainda que sem base, que as Escrituras deveriam ser reinterpretadas. Aqui começaria o problema.

Jerome Langford, especialista no caso, diz: "Galileu estava convencido de possuir a verdade, mas não tinha provas objetivas para convencer os homens de mente aberta. [...] Muitos eclesiásticos influentes acreditavam que Galileu devia estar certo, mas tinham de esperar por mais provas. Como é evidente, não é inteiramente correto pintar Galileu como uma vítima inocente do preconceito e da ignorância do mundo [...], parte da culpa dos acontecimentos subsequentes deve ser atribuída ao próprio Galileu, que recusou qualquer ressalva e, sem provas suficientes, fez derivar o debate para o terreno próprio dos teólogos".

O cardeal Roberto Belarmino comentou, na época: "Se houvesse uma verdadeira prova de que [...] o Sol não gira em torno da Terra, mas a Terra em torno do Sol, então deveríamos agir com grande circunspecção ao explicar passagens da Escritura que parecem ensinar o contrário, e declarar que não as havíamos entendido, em vez de declarar como falsa uma opinião que se mostra verdadeira. Mas eu mesmo não devo acreditar que existam tais provas enquanto não me sejam mostradas". Tal posição não era, de maneira alguma, intolerante. Qualquer pessoa racional do Século atual concordará que ceticismo é fundamental à ciência, e que não se deve acreditar sem provas.

"Em 1616, Galileu foi avisado que devia parar de sustentar a teoria copernicana como verdade, embora fosse livre para apresentá-la como hipótese. Galileu concordou e prosseguiu com os seus trabalhos", escreve Thomas Woods. Em 1624, voltou a Roma, e foi novamente recebido com entusiasmo. O Papa Urbano VIII comentou com ele que não tinha declarado o copernicanismo como herético, e que nunca o faria. Porém, em 1632, Galileu publicou o Diálogo sobre os dois grandes sistemas do mundo, em que ignorou a instrução de que o copernicanismo fosse tratado como hipótese. Pior que isso, ele escreveu o "Diálogo" como se fosse, mesmo, um diálogo, em que um dos personagens era um idiota: pois na boca do idiota, ele botou as opiniões do Papa.

Woods ressalta que "isso era típico de Galileu, que tinha uma natureza agressiva; irascível; uma personalidade que, às vezes, deixava a desejar. Foi à público algumas vezes para ofender quem discordava de algumas de suas ideias. E não havia sutileza na ação de utilizar a opinião do Papa colocando-a nas palavras do tolo, em seu diálogo".

Galileu não podia provar sua teoria e havia um argumento contrário bastante forte: a mudança de paralaxe, que, como já dito, só foi detectada em 1838, período em que finalmente existira equipamento capaz de detectá-la; protestantes pressionavam os católicos, dizendo que era preciso seguir a Bíblia e que não se podia adotar novas interpretações sem que se tivesse uma boa razão; e somado a tudo isso, havia esse embate de personalidades ente Galileu e o Papa - o mesmo Papa que, anteriormente, havia elogiado Galileu, e que lhe garantiu que a Igreja jamais condenaria sua teoria. A igreja não estava se recusando a aceitar evidências, ou a aceitar a ciência. Pelo contrário, estava comprometida com as evidências.

Aceitar o Modelo Heliocêntrico, naquela altura, seria como se, hoje, todos os darwinistas passassem, sem mais nem menos, a admitir o Design Inteligente. Os mesmos cientistas que hora ou outra apontam a "intolerância" contra Galileu, seriam os mesmos a repreendê-lo sem que as provas suficientes existissem. É o que fazem com o Design Inteligente, porque ainda não há motivos para abandonar o darwinismo, e não se sabe se haverá. O fato é que a Igreja agiu corretamente, respeitando a ciência da maneira que ela precisa ser respeitada: com base nas evidências. Se a paralaxe e a rotação da Terra foram descobertas mais de cem anos após Galileu, como seria sensato e científico considerá-lo correto? Acusar a Igreja de ignorar as evidências não é exatamente o que fazem os neo-ateístas raivosos de hoje?

Parece que querem acusá-la por agir com ceticismo, quando fazem com outras teorias exatamente a mesma coisa. Se a Igreja tivesse aceitado o Heliocentrismo sem provas, a acusariam de anti-científica, mas como agiu com respeito às evidências, a acusam de repressora. O que fica claro é que, não importa a situação, querem sempre culpar a Igreja.

Há quem chegue ao ponto de dizer que Galileu morreu queimado na fogueira da Inquisição - mais uma das centenas de mentiras já relatadas ao longo deste texto. Galileu apenas foi detido, e possuindo muitos privilégios junto à cúria, em vez de ocupar uma cela, residia no apartamento do procurador fiscal, uma espécie de hospedaria do palácio do Santo Ofício, providência de excepcional deferência para um acusado de exceção.

Foi "condenado à penitência e a prisão perpétua, mas por ordem do Papa, em vez de ser encarcerado nas celas do palácio do Santo Ofício, pode imediatamente instalar-se na residência do embaixador e em seguida cumprir a pena sob a forma de prisão domiciliar em sua casa de Arcetri", ressalta Fedeli. Galileu morreu em 1642, em sua cama, aos 77 anos de idade. 



Vejam que curioso: por defender a ciência, deu-se a origem do mito de que a Igreja era hostil à ciência. É muito engraçado este mundo em que vivemos. Se por ventura a teoria de Darwin falhar, como falhou a de Ptolomeu, será justo que chamemos os darwinistas de opressores, inimigos da ciência ou culpados por impedir o progresso da humanidade? Tendo em vista o que dizem cientistas como Dawkins, é exatamente isto que deveria acontecer: culpar o cientista por praticar a ciência. Talvez aqueles que, hoje, perdem seus empregos por irem contra o darwinismo estejam sofrendo algo que o próprio Galileu nunca sofreu: intolerância religiosa.

Vinícius Oliveira

Referências e recomendações: