quinta-feira, 18 de abril de 2013

O que é um bispo?

O Bispo (do grego antigo επίσκοπος, "inspetor", "superintendente") é o pastor da Igreja, responsável pelo ensinamento da Palavra de Deus. Aos bispos compete ministrar o sacramento da ordem de modo exclusivo e também, na Igreja Latina, o sacramento da Crisma.  


Dom Paulo Francisco Machado é o atual bispo da Diocese de Uberlândia - MG

Ordenar presbíteros e diáconos, bem como conferir ministérios são funções exclusivas do bispo. Ele é obrigado a fazer a visita “ad limina apostolorum” a Roma, e ao Papa. O bispo deve apresentar à Santa Sé, de quatro em quatro anos, um relatório de sua diocese e é recebido pelo Papa. Os bispos são, em suas dioceses, o princípio visível e o fundamento da unidade com as outras dioceses e com a Igreja no mundo todo.  

São Pedro foi o primeiro bispo do Cristianismo católico em Roma. Os bispos são os sucessores dos apóstolos, recebendo com a ordenação episcopal a missão de santificar, ensinar e governar, a eles confiada no âmbito de uma circunscrição definida (diocese, arquidiocese ou prelazia).

O episcopado é o último e supremo grau do sacramento da Ordem (temos o diaconato e o presbiterato). O bispo é também a autoridade máxima da Igreja particular local em jurisdição e magistério. 

Conforme o Código de Direito Canônico, "os Bispos que, por divina instituição, sucedem aos Apóstolos, são constituídos, pelo Espírito que lhes foi conferido, pastores na Igreja, a fim de serem também eles mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo." (Cân. 375 §1)

Modelo do brasão de armas de um Bispo Católico

Os Bispos apõem ao respectivo brasão de armas a cruz episcopal e o capelo verde de 12 borlas. Os pré-requisitos para um padre ser bispo são: fé sólida eminente; piedade; zelo; boa reputação; ao menos 35 anos de idade; sacerdote ao menos há cinco anos; e mestrado ou doutorado em área teológica. Tornar-se bispo, porém, ocorre com uma minoria, escolhida, na atual disciplina da Igreja, pelo Papa com auxílio da Congregação para os Bispos.

O BISPO DIOCESANO: é aquele que governa uma diocese (unidade geográfica mais importante da organização territorial da Igreja).

O BISPO TITULAR: possui o título de uma diocese que existiu no passado e agora existe apenas em título; é normalmente bispo assistente (auxiliar) de um bispo diocesano, o arcebispo.

BISPO COADJUTOR: é o bispo assistente (auxiliar) de um bispo diocesano, com direito a sucessão.

O VIGÁRIO EPISCOPAL: é um assistente que pode ser ou não um bispo, designado por um bispo residencial como seu delegado em uma parte fundamental da diocese, para um determinado trabalho apostólico.

A NOMEAÇÃO DOS BISPOS: é realizada após um processo determinado de seleção que varia segundo as regiões e os diversos ritos católicos, mas a aprovação final em todos os casos está sob a decisão do Papa.

O SÍNODO DOS BISPOS: é uma assembléia de Bispos escolhidos das diversas regiões do mundo, que se reúnem em ocasiões determinadas para fomentar a união estreita entre o Romano Pontífice e os Bispos, e ajudar o Papa com seus conselhos para a integridade e melhora da fé e costumes e a conservação e fortalecimento da disciplina eclesiástica. Estudam as questões que se referem à ação da Igreja no mundo. 

O Sínodo dos Bispos foi criado pelo Papa Paulo VI, em 15 de Setembro de 1965, com o Motu Proprio Apostolica Sollicitudo, aprovando seu Regulamento em 8 de Dezembro de 1966 que foi ampliado nos anos de 1969, 1971 e 1974." (D.C. 342). O sínodo depende diretamente e imediatamente do Papa, que tem a autoridade de designar a agenda, chamar a sessão e dar aos membros autoridade de deliberar e aconselhar. O Papa se reserva o direito de designar o Secretário Geral, Secretários Especiais e até 15% do total dos membros. 

As insígnias do Bispo

MITRA 

File:Mitra Gloriosa.svg

A mitra (do grego μίτρα: cinta, faixa para a cabeça, diadema) é uma insígnia pontifical utilizada pelos prelados da Igreja Católica (chapéu quadrangular usado pelo papa, por cardeais e bispo) alto e cônico, com fendas laterais na parte superior e duas faixas que caem sobre os ombros, símbolo da plenitude sacerdotal. 

A mitra simboliza um capacete de defesa que deve tornar o prelado terrível aos adversários da verdade. Por isso, apenas aos bispos, salvo por especial delegação, cabe a imposição do Espírito Santo no sacramento do Crisma ou Confirmação. Muitos inimigos da Igreja dizem que a mitra é um símbolo pagão, o que não corresponde com a verdade, pois em Ex 29, 6 diz: "Colocarás a Mitra sobre a cabeça dele e na Mitra, o diadema sagrado". 

BÁCULO 


Bastão que serve para conduzir ovelhas. Em forma de crucifixo, simboliza que o papa é o pastor de Deus. Na liturgia da Missa, apenas Prelados com caráter episcopal (Bispos, Arcebispos, Patriarcas e Cardeais) o podem portar. É usado nas procissões, na leitura do Evangelho e na administração dos Sacramentos, desde que não haja necessidade da imposição das mãos. O Papa, no lugar do báculo, usa a férula papal que indica sua jurisdição universal. 

Os usos na liturgia são os mesmos. Seu formato lembra um báculo de um pastor de ovelhas; Sua cabeça curva serve para puxar a ovelha para junto de seu rebanho e sua extremidade pontuda serve para atacar e ferir o lobo. Assim é o báculo de um Bispo: Como sucessor dos apóstolos, sua função é unir seu rebanho de fiéis e defendê-los do maligno. 

ANEL 


O anel simboliza o compromisso que o bispo tem de guiar a Igreja, esposa de Jesus Cristo. 

SOLIDÉU 

Solidéu (em latim Pileolus), yarmulke (em iídiche יאַרמלקע, yarmlke, do polonês jarmułka, que significa "boina") é um pequeno barrete de lã ou de seda, em forma de calota, com que os eclesiásticos cobrem a tonsura (corte circular de cabelo na parte posterior e mais alta da cabeça, utilizado por clérigos). 

Seu nome provém do latim soli Deo, "somente para Deus". Na Igreja Católica o solidéu foi adotado inicialmente por razões práticas — para manter a parte tonsurada da cabeça aquecida em igrejas frias ou úmidas — e sobreviveu como um item tradicional do vestuário clerical. Ele consiste de oito partes costuradas, com um pequeno talo no topo.

Todos os membros ordenados da Igreja Católica podem usar o solidéu. Como grande parte da indumentária eclesiástica, a cor do solidéu denota o grau hierárquico de quem o usa: o solidéu do Papa é branco, o dos cardeais é vermelho e designa-se por barrete cardinalício, e o dos bispos, abades territoriais e prelados territoriais é violeta. Monsenhores usam solidéu negro com algumas linhas violeta. Padres e diáconos usam solidéu negro, embora o uso do solidéu por padres (com exceção dos abades) seja extremamente raro, e ainda mais raro entre diáconos. 

CRUZ PEITORAL 


É a cruz que os bispos levam sobre o peito, para recordar que sem cruz não há salvação. 

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